Segundo senador eleito, inspiração é a lei Dodd-Frank, feita como resposta à crise de 2008 nos Estados Unidos
O senador eleito e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (União Brasil-PR) estuda apresentar projeto de lei para ampliar o rigor contábil para o mercado de ações. A ideia é uma resposta ao rombo de R$ 20 bilhões nas contas das Lojas Americanas, revelado na 4ª feira (11.jan.2023).
Segundo Moro, ele está consultando especialistas no tema para avaliar quais medidas seriam necessárias para reduzir os riscos de situações como essa se repetirem.
“Quero antes checar se já não existem projetos em trâmite que possam ser aproveitados. Há algumas medidas da Lei Dodd-Frank que poderíamos implementar por aqui“, disse ao Poder360, em referência à lei norte-americana implementada em 2010 em resposta à crise financeira de 2008.
Dentre as medidas adotadas nos Estados Unidos, foi criado um conselho responsável pela supervisão financeira dos bancos e também a necessidade de mais transparência nas ações dessas empresas.
Mais cedo, Moro havia publicado nas redes sociais que o caso das Lojas Americanas demandavam leis que trouxesse mais rigor ao mercado de ações para evitar o que chamou de “contabilidade criativa“, também conhecidas como pedaladas fiscais.
O termo faz menção ao processo de impeachment de Dilma Rousseff(PT), embasado em parecer do TCU(Tribunal de Contas da União), que mostrou operações realizadas pelo Tesouro Nacional para atrasar o repasse de verba a bancos com a intenção de aliviar a situação fiscal do governo em um determinado mês ou ano.
Moro está em férias com a família. Ele assume o cargo de senador em 1º de fevereiro.
Poder 360