A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, é uma condição que pode evoluir de forma silenciosa. No entanto, quando atinge o grau 3, os sintomas tornam-se mais evidentes e podem indicar danos severos ao fígado. Se não tratada, essa condição pode evoluir para complicações graves, como fibrose hepática, cirrose e insuficiência hepática.
Saber reconhecer os sinais dessa fase avançada é fundamental para buscar tratamento o quanto antes. Veja a seguir quais são os principais sintomas, fatores de risco e como identificar o problema.
O que é a gordura no fígado grau 3 e por que ela é perigosa?
A esteatose hepática é classificada em três graus, de acordo com a quantidade de gordura acumulada no fígado:
- Grau 1 (leve): Pequeno acúmulo de gordura nas células hepáticas, geralmente sem sintomas.
- Grau 2 (moderado): Maior concentração de gordura, podendo causar inflamação no fígado.
- Grau 3 (grave): Acúmulo severo de gordura, com alto risco de inflamação, fibrose e progressão para cirrose.
No grau 3, mais de 60% das células do fígado estão comprometidas. Isso significa que o órgão tem dificuldades para desempenhar suas funções vitais, como metabolizar nutrientes e eliminar toxinas do organismo.
Sintomas da gordura no fígado grau 3: fique atento aos sinais!
Nos estágios iniciais, a gordura no fígado pode ser assintomática. No entanto, conforme a doença avança, surgem sinais claros de que o fígado está sobrecarregado. Os principais sintomas incluem:
- Dor abdominal constante: Especialmente na parte superior direita do abdômen.
- Inchaço abdominal e nas pernas: Causado pelo acúmulo de líquidos (ascite e edema).
- Fadiga extrema: Sensação constante de cansaço, mesmo sem esforço físico.
- Perda de apetite e emagrecimento inexplicável: O fígado comprometido pode afetar a digestão e absorção de nutrientes.
- Náuseas e vômitos frequentes: Podem ocorrer devido à dificuldade do fígado em processar toxinas.
- Icterícia: Amarelamento da pele e dos olhos, sinal de que o fígado não está filtrando a bilirrubina corretamente.
- Confusão mental e dificuldades cognitivas: Podem surgir devido ao acúmulo de toxinas na corrente sanguínea, afetando a função cerebral.
- Distúrbios do sono: Problemas para dormir ou manter um sono reparador.
Caso apresente um ou mais desses sintomas, é essencial procurar um médico para realizar exames e confirmar o diagnóstico.
Como é feito o diagnóstico da esteatose hepática grau 3?
O diagnóstico da gordura no fígado é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais. Os principais métodos incluem:
- Exames de sangue: Avaliam enzimas hepáticas (TGO, TGP e GGT) e outros marcadores de inflamação no fígado.
- Ultrassonografia abdominal: Identifica o acúmulo de gordura no órgão.
- Elastografia hepática: Analisa a rigidez do fígado para detectar fibrose e cirrose.
- Biópsia hepática: Em casos mais graves, pode ser necessária para confirmar o grau da doença e avaliar a extensão dos danos.
Principais fatores de risco para a gordura no fígado
Alguns fatores aumentam significativamente a chance de desenvolver esteatose hepática avançada. Entre os principais estão:
- Obesidade e sobrepeso: O excesso de gordura corporal favorece o acúmulo de gordura no fígado.
- Diabetes tipo 2 e resistência à insulina: Problemas metabólicos aumentam a inflamação hepática.
- Colesterol e triglicerídeos elevados: Níveis altos dessas gorduras no sangue sobrecarregam o fígado.
- Consumo excessivo de álcool: O álcool pode agravar a inflamação e levar à cirrose mais rapidamente.
- Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o acúmulo de gordura no organismo.
- Dieta rica em gorduras ruins e açúcares: O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados piora o quadro.
- Uso prolongado de medicamentos hepatotóxicos: Alguns remédios podem afetar a saúde do fígado.
Tratamento e prevenção: é possível reverter a gordura no fígado?
A boa notícia é que a esteatose hepática grau 3 pode ser tratada e, em alguns casos, revertida. As principais estratégias incluem:
Mudanças no estilo de vida
- Alimentação saudável: Priorize alimentos naturais, como frutas, legumes, proteínas magras e gorduras boas (azeite de oliva, abacate, castanhas).
- Redução do consumo de açúcar e gorduras ruins: Evite refrigerantes, doces e frituras.
- Prática regular de exercícios: Caminhadas, musculação e outras atividades ajudam a reduzir a gordura hepática.
- Controle do peso: Perder 5% a 10% do peso corporal pode melhorar a saúde do fígado.
- Hidratação adequada: Beber bastante água ajuda na eliminação de toxinas.
Acompanhamento médico e tratamento medicamentoso
- Em alguns casos, o médico pode indicar medicamentos para controlar colesterol, glicose e inflamação hepática.
- O acompanhamento regular com exames é essencial para monitorar a evolução da doença.
A gordura no fígado grau 3 é uma condição séria, mas pode ser controlada e até revertida com mudanças no estilo de vida. Estar atento aos sintomas e fatores de risco é o primeiro passo para evitar complicações graves, como a cirrose hepática.
Se você apresenta algum dos sintomas mencionados, procure um médico para um diagnóstico preciso e inicie o tratamento o quanto antes. Cuidar do fígado é fundamental para garantir uma vida longa e saudável!