Foto: Agência Senado
Senado Federal, a casa legislativa que fiscaliza o Supremo Tribunal Federal e que é chamada de câmara Alta, pode ser o freio constitucional mais importante deste século. Com a aproximação de 1° de fevereiro, data em que se escolhe seu presidente, começam a se especular os nomes que poderiam enfrentar o poderio que tenta reeleger Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Com apoio irrestrito de Lula e do STF, Pacheco tem provavelmente a vantagem do pleito. Um dos nomes para confrontá-lo até agora é o do Senador Eleito Rogério Marinho, pelo menos o que é defendido por alguns bolsonaristas, o problema é que Marinho não é visto por alguns senadores como o melhor nome em um eventual enfrentamento com o judiciário, visto como conciliador, ele não tem o perfil que processaria um impeachment de um ministro do STF, por exemplo. Mesmo tendo o ex-ministro do MDR dito aos quatro cantos que vê com maus olhos algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes, ele ainda não é unanimidade da oposição.
Outro nome que aparece como possível candidato é o do senador cearense Eduardo Girão (POD-CE), esse sim, tem feito um enfrentamento acintoso ao que o judiciário chama de luta pela democracia, com decisões duras tanto pelo TSE quanto pelo STF contra manifestantes que não aceitam a vitória do presidente Lula. O senador Girão tem sido enfático no combate às decisões das cortes, taxando-as de censura e inconstitucionais. Fez vários pedidos para que o ministro Alexandre de Moraes comparecesse ao Senado para explicar o que ele chama de ativismo judicial exacerbado. O Grande problema do nome de Eduardo Girão é que ele se diz independente e não é tido como apoiador do ex-presidente Bolsonaro, isso traz desconfiança na base do bolsonarismo raiz.
Uma coisa é certa, se mantiverem duas ou mais candidaturas de oposição, muito provavelmente Rodrigo Pacheco sairá vitorioso e Lula fará “cabelo, barba e bigode”
Junior Melo (advogado e jornalista)