Presidente criticou a magistrada Ana Lúcia Todeschini Martinez, segundo a qual a bandeira do Brasil deveria ter seu uso restringido durante as eleições por ter virado símbolo da campanha do presidente
Jair Bolsonaro acusou, em entrevista coletiva no Maranhão nesta quinta-feira (14), juízes eleitorais de quererem tirá-lo das eleições presidenciais deste ano “de toda a maneira”.
Bolsonaro não apresentou nenhuma evidência de um complô institucional da Justiça Eleitoral contra ele, mas apenas citou um caso excepcional e isolado.
O presidente atacou a juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez, do Rio Grande do Sul, que, em uma reunião com representantes de partidos na semana passada, disse que a bandeira do Brasil virou símbolo da campanha de Bolsonaro e, logo, seu uso deverá ser regulado pela legislação eleitoral.
Se tal regulamentação for implementada, a bandeira do Brasil passará a ser considerada propaganda eleitoral a partir do início oficial do período de campanha, em 16 de agosto.
Assim, a bandeira nacional não poderia, por exemplo, ser fixada em determinados locais e horários a partir dessa data.“Eu vou a qualquer lugar do Brasil. A aceitação é excepcional. […] Agora há pouco uma notícia de uma juíza eleitoral que quer proibir bandeiras do Brasil nos meus eventos. Isso é o cúmulo do extremismo da boçalidade, que quer, de toda a maneira, me tirar do páreo”, afirmou Bolsonaro.O presidente também acusou o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, de querer “botar em julgamento agora, no mês que vem, a proibição de motociata”.
De fato, Fachin disse, em 6 de julho, que pautará para o mês de agosto um “número expressivo” de representações contra as motociatas.