“Os ataques a autoridades não serão mais tolerados”, disse o novo ministro
Foto: Renato Menezes/AscomAGU
Jorge Messias, o novo ministro da Advocacia-Geral da União, disse que a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia será criada na estrutura da AGU.
O anúncio foi feito durante cerimônia na qual o ministro assumiu o comando do órgão, após ser nomeado, no domingo 1º, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o ministro, a Procuradoria vai adotar medidas de resposta contra “desinformação” e em prol da eficácia das políticas públicas. “A AGU será uma instituição-chave para o desenvolvimento da administração pública”, afirmou.
A AGU vai adotar medidas “contra desinformação e em prol da eficácia das políticas públicas”. Messias quer resgatar a democracia e atuará para a retomada da harmonia entre os Poderes.
“Ao assumir a AGU, espero dar uma contribuição decisiva para o resgate da nossa democracia, com a retomada da harmonia entre os Poderes da República. Os ataques a autoridades não serão mais tolerados”, garantiu.
O ministro acredita que o povo “soube recolocar o Brasil no caminho da democracia” e avaliou que havia “perseguição política, censura e ataques constantes às instituições democráticas” no governo Bolsonaro.
“Poucas vezes na nossa história, assistimos aos constantes ataques e ameaças aos pilares da nossa democracia.” Citou “o desrespeito aos direitos humanos, a perseguição política, a censura, os ataques constantes às instituições democráticas, o desmantelamento de políticas públicas, o negacionismo como método, a incitação ao ódio e ao preconceito”.
“Curar o Brasil”
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, disse nesta terça-feira, 3, que enviará um ofício à ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), colocando a Polícia Federal à disposição para investigar episódios de agressões e ameaças a ministros, conforme noticiou Oeste.
“Vou enviar ofício à presidente do STF frisando que a Polícia Federal está à disposição para investigar os episódios de agressão e ameaças a ministros daquele tribunal e de outros. São extremistas antidemocráticos, que perseguem magistrados nas ruas, aeroportos, restaurantes etc.”, disse.
A decisão de Dino é uma resposta contra uma manifestação que aconteceu hoje no Aeroporto de Miami (EUA), onde pessoas cobraram o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso.
“É uma mistura de ódio, ignorância, espírito antidemocrático e falta de educação. O Brasil adoeceu. Espero que consigamos curá-lo e que uma luz espiritual ilumine essas pessoas”, afirmou o ministro do STF.
Revista Oeste