Integrantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) escreveram carta anônima criticando o ministro da Justiça, Flávio Dino, pela reestruturação
Um grupo autointitulado de policiais rodoviários federais “progressistas” escreveu uma carta denunciando a extinção de 101 cargos na Polícia Rodoviária Federal (PRF), argumentando que, com a medida, algumas atividades do órgão se tornarão inviáveis.
A extinção de cargos, oficializada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (2/1), foi chamado de tentativa de “desbolsonarização” pelos autores da carta anônima. Os policiais dizem sofrer preconceito, do público e do governo Lula, por serem supostos apoiadores de Bolsonaro.
Segundo a carta, o corte promovido por Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, esvaziou a Diretoria-Executiva e Diretoria de Inteligência da PRF. A reestruturação afeta o salário dos servidores de carreira, já que eles recebem a mais por ocuparem cargos de coordenação ou chefia.
“Não difere em nada do que o presidente anterior fez com outras Instituições como FUNAI, INCRA, Palmares, e muitas outras. (…) É ver o nosso legado no lixo, por um preconceito que aprendemos a tolerar da população, mas sempre esperamos que seja visto de forma mais técnica pelos nossos gestores”, diz o documento.
Os “Policiais Rodoviários Federais Progressistas” dizem ainda que a área de Direitos Humanos não poderá ser recriada sem esses cargos e que a Corregedoria e as áreas de Inteligência e Controle Interno serão afetadas.
Metrópoles