Uma simples pinta ou mancha na pele pode ser inofensiva – ou um alerta para algo mais sério. O câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e no mundo, mas, quando detectado precocemente, tem grandes chances de cura.
Por isso, saber identificar sinais suspeitos e procurar um médico ao notar mudanças na pele é essencial. Veja abaixo como reconhecer uma pinta perigosa e quais cuidados tomar para se proteger.
Como diferenciar uma pinta comum de um possível câncer de pele?
Nem toda pinta ou mancha na pele indica câncer, mas algumas características podem ser um sinal de alerta. O método mais utilizado para identificar sinais suspeitos é a Regra do ABCDE, que avalia mudanças na aparência da pinta.
Regra do ABCDE para identificar uma pinta suspeita:
A – Assimetria: Pintas benignas costumam ser simétricas. Se uma metade da pinta for diferente da outra, fique atento.
B – Bordas irregulares: Bordas irregulares, serrilhadas ou mal definidas podem ser um sinal de preocupação.
C – Cor variável: Pintas normais têm uma cor uniforme. Se houver variações de tons (preto, marrom, azul ou vermelho), é um alerta.
D – Diâmetro: Pintas maiores que 6 mm (tamanho de uma borracha de lápis) devem ser examinadas.
E – Evolução: Qualquer mudança na pinta – seja no tamanho, forma ou cor – precisa ser investigada.
Quais os tipos de câncer de pele mais comuns?
Existem diferentes tipos de câncer de pele, e cada um tem características específicas.
1. Carcinoma Basocelular (CBC) – O mais comum
Surge como uma feridinha que não cicatriza.
Pode parecer uma bolinha perolada ou avermelhada.
Cresce lentamente e raramente se espalha.
2. Carcinoma Espinocelular (CEC) – Fique atento!
Geralmente aparece como uma lesão avermelhada e descamativa.
Pode ter aspecto de ferida com crosta que sangra com facilidade.
Tem maior risco de se espalhar para outros órgãos.
3. Melanoma – O mais perigoso
Aparece como uma pinta escura e assimétrica, que cresce rapidamente.
Tem alto potencial de metástase, ou seja, pode se espalhar para outros órgãos.
Quanto mais cedo for identificado, maiores são as chances de cura.
Quem tem maior risco de desenvolver câncer de pele?
Algumas pessoas têm maior predisposição para desenvolver câncer de pele. Veja os principais fatores de risco:
Exposição solar excessiva sem proteção ao longo da vida.
Histórico familiar de câncer de pele.
Pele, olhos e cabelos claros, pois possuem menos melanina para proteger contra os raios UV.
Pintas em excesso no corpo.
Sistema imunológico enfraquecido, como em pacientes transplantados.
Como prevenir o câncer de pele?
A boa notícia é que o câncer de pele pode ser prevenido com hábitos simples no dia a dia.
Use protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados.
Aposte em barreiras físicas, como chapéus, óculos escuros e roupas com proteção UV.
Evite exposição ao sol entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos.
Faça exames dermatológicos regulares, especialmente se tiver histórico familiar.
Observe sua pele periodicamente e consulte um médico ao notar mudanças.
Sua pele pode estar pedindo ajuda!
Ficar atento às mudanças na pele pode salvar sua vida. Se notar uma pinta diferente ou uma ferida que não cicatriza, procure um dermatologista o quanto antes. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento do câncer de pele.