Foto: Divulgação/Agência Brasil.
O presidente eleito, Lula (PT), vai ter cerca de 10 mil cargos comissionados para distribuir na Esplanada dos Ministérios. Os dados são do governo federal.
A ferramenta dará ao petista o poder de instalar em postos de chefia pessoas ligadas a partidos, como o próprio PT, alocadas em funções de baixa relevância durante a gestão de Bolsonaro. Em 2023, o número de cargos comissionados deve aumentar, em virtude da criação de mais 14 pastas, totalizando 37.
De acordo com os dados mais recentes do Executivo, o ministério com mais cargos a serem preenchidos é o da Economia, que hoje concentra quase 1,2 mil posições. Em seguida, vem a Presidência da República, com 850 posições; a Agricultura, com 751; e a Cidadania, com 511. Na Advocacia-Geral da União são mais 365 postos e 363 no Ministério da Defesa.
Resumidamente, os ocupantes de cargos comissionados são comprometidos com o projeto político que venceu as eleições e integram a administração pública para ajudar os governantes de turno a adotar a agenda da ocasião.
Cargos comissionados e Judiciário
Além dos cargos comissionados na Esplanada, Lula vai indicar dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As vagas serão abertas com as aposentadorias da presidente da Corte, Rosa Weber, e de Ricardo Lewandowski. Em síntese, a composição da Corte permanecerá tingida de vermelho: sete indicações do PT.
Depois de Lewandowski e Rosa Weber, o próximo ministro a se aposentar é Luiz Fux, em 2028. Do total de integrantes da Corte, Nunes Marques e Mendonça são os ministros mais novos do STF. Também são os que ficarão mais tempo dos 11 que integram a Corte hoje. Ambos se aposentarão em 2047.
Lula indicará ainda 31 magistrados para dez tribunais diferentes, além dos juízes do STF.
Créditos: Revista Oeste.