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A expectativa para os preços de alimentos em 2025 aponta para pressões inflacionárias significativas, especialmente em produtos agropecuários fundamentais para a cesta básica do brasileiro. Produtos como carnes, café e açúcar são destaque, com projeções de aumentos acentuados que podem impactar a inflação geral e retardar possíveis cortes no ciclo de juros.
Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam um aumento contínuo nos preços de alimentação e bebidas, destacando a persistência dessa tendência inflacionária. Esse cenário preocupa economistas, que observam a potencial dificuldade do governo em controlar a inflação no curto prazo.
Quais produtos sofrerão maior pressão inflacionária?
Carnes: As proteínas estão entre os produtos que mais provavelmente experimentarão aumentos de preços significativos. Analistas apontam para um incremento expressivo de até 16,6% no valor pago aos produtores, repercutindo na indústria e no varejo.
Café e Açúcar: Com produções limitadas desses produtos, espera-se que contribuam para uma inflação alimentar mais forte. A escassez de oferta pode levar a aumentos nos preços tanto ao produtor quanto no ponto de venda ao consumidor final.
Outras commodities impactadas
Enquanto as commodities softs, como algumas frutas e oleaginosas, deverão exercer uma pressão intermediária sobre a inflação, os grãos, como soja e milho, tendem a ter um impacto mais neutro. Essa estabilidade nos preços dos grãos pode ser uma boa notícia, reduzindo parte da pressão geral sobre a inflação alimentar.
Oleaginosas e Hortaliças: Produtos como o óleo de soja também são monitorados de perto, assim como hortaliças e frutas, que devido à sua vulnerabilidade a variações climáticas, como secas, podem experienciar flutuações de preços significativas.
Influência do clima e do dólar na inflação de alimentos
O clima será um fator crucial, particularmente nas regiões afetadas por secas históricas, influenciando a recuperação das lavouras de hortifrútis. Além disso, o câmbio poderá desempenhar um papel determinante na precificação de alimentos, especialmente se o dólar continuar acima de R$ 6, exacerbando a pressão inflacionária.
As incertezas quanto à política econômica e fiscal também adicionam um grau de volatilidade às expectativas inflacionárias. A percepção do mercado sobre essas políticas pode influenciar o comportamento dos preços e, consequentemente, o bolso do consumidor.
Especialistas concordam que carnes e commodities sofrerão os principais impactos, com potências maximizadas dependendo das condições climáticas e da estabilidade monetária. Monitorar essas variáveis será essencial para entender o comportamento dos preços dos alimentos em 2025 e mitigar os seus efeitos no cenário econômico brasileiro.