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No ano de 2025, a América Latina enfrentará um importante ciclo eleitoral com diversas eleições gerais agendadas em países como Equador, Bolívia, Argentina, Chile e Honduras. Este período será um termômetro para avaliar o progresso ou os desafios enfrentados pelos governos em relação a problemas políticos, econômicos e de segurança herdados do passado. A avaliação crítica dos cidadãos recairá sobre os resultados concretos dos governantes, deixando de lado conotações ideológicas.
As eleições prometem ser um cenário de mudanças e de avaliação do desempenho das administrações que tentam equilibrar tensões internas e externas. A questão central gira em torno do que os eleitores realmente demandam dos seus líderes em tempos de incertezas e como os resultados desses pleitos podem ecoar em toda a região.
Como estão configuradas as eleições no Equador?
No Equador, as eleições gerais ocorrerão em 9 de fevereiro de 2025, com o atual presidente Daniel Noboa buscando a reeleição. Noboa, que assumiu o poder em um cenário de aumento da violência e crise social, promete continuar sua política de combate ao crime. Sua administração será julgada pela eficácia das políticas de segurança lançadas durante seu mandato. Além do foco na segurança, problemas econômicos e questões energéticas também são tópicos importantes que podem determinar o rumo das eleições.
Quais são os desafios políticos na Bolívia?
Na Bolívia, as eleições gerais estão marcadas para 17 de agosto de 2025. A incerteza persiste sobre a candidatura do atual presidente Luis Arce, que até o momento não confirmou se tentará a reeleição. A política boliviana tem sido turbulenta, com tensões internas devido à crise econômica e disputas dentro do partido do governo. O cenário é ainda mais complicado pelo histórico recente de instabilidade democrática após o episódio envolvendo Evo Morales em 2019.
Por que as eleições no Chile e Honduras são importantes?
No Chile, as eleições presidenciais e legislativas têm primeiro turno marcado para 16 de novembro de 2025. Mesmo sem possibilidade de reeleição, o pleito será um julgamento do governo atual no contexto dos protestos sociais. Enquanto isso, Honduras realiza eleições gerais em 30 de novembro. A atual presidente, Xiomara Castro, não poderá concorrer novamente, e a sucessão traz incertezas, especialmente diante de recentes escândalos de corrupção.
Como a situação econômica impacta as eleições na Argentina?
A Argentina, que realizará eleições legislativas em 26 de outubro de 2025, enfrenta uma grave crise econômica que deve influenciar fortemente o voto dos eleitores. Os resultados dessas eleições servirão como um referendo sobre a gestão do presidente Javier Milei, que encontra dificuldades para alcançar maioria no Congresso. Este cenário reflete a complexidade de governar em meio às demandas crescentes por reformas e recuperação econômica.
Qual é o cenário democrático na América Latina?
A pesquisa Latinobarómetro em 2024 indicou um leve aumento no apoio à democracia na região, exceto em alguns países como Honduras e Bolívia, onde a satisfação com o sistema democrático tem diminuído. Mesmo assim, a valorização da democracia permanece alta entre aqueles que aprovam os governos atuais. As eleições de 2025 serão essenciais para testar essa visão e influenciar o equilíbrio político na América Latina, especialmente em países que vivenciam transições e crises significativas.