O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) anunciou, na madrugada desta sexta-feira, 23, que parte dos pilotos e comissários seguirão paralisados. A categoria rejeitou uma proposta das companhias aéreas, apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), com 59% de votos contrários e 40%, favoráveis.
A proposta previa a renovação integral da convenção coletiva, reajuste de 100% do índice inflacionário dos últimos doze meses — ou seja, 5,97% nos salários fixos e variáveis, mais o acréscimo de 1% de aumento real.
Com a decisão, a greve dos aeronautas entra nesta sexta-feira no quinto dia. O serviço será paralisado, das 6h às 8h, nos aeroportos de Congonhas (São Paulo, capital), Santos Dumont e Galeão (Rio de Janeiro, capital), Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas, SP), Porto Alegre (RS), Confins (Belo Horizonte, MG), Brasília (DF) e Fortaleza (CE).
Em nota à imprensa, o SNA avaliou positivamente o movimento grevista dos últimos quatro dias e ocorreu “dentro dos limites determinados pela Justiça”. “É preciso deixar claro que os aeronautas estão desde o final de setembro negociando e que todas as propostas enviadas pelo sindicato patronal não eram condizentes com a pauta de reivindicações da categoria, por isso foram rejeitadas”.
O presidente do SNA, Henrique Hacklaender, afirmou que além do ganho real sobre os salários, a categoria quer avançar em pautas sobre descanso de pilotos e comissários. “É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação. Por isso, vamos, sim, fazer uma paralisação”, declarou.