O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou André Stefano Dimitriu Alves de Brito por ter arremessado uma espécie de bomba caseira com fezes durante um ato do PT, com a presença de Lula, na semana passada, no Centro do Rio.
Stefano foi detido após arremessar a garrafa pet contra os presentes no ato, teve sua prisão preventiva decretada e vai responder pelo crime de explosão, por expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de pessoas.
Segundo relatos de testemunhas, o denunciado acendeu o pavio e arremessou o explosivo no meio do público presente no ato. A promotoria requereu, ainda, a manutenção da prisão de André Stefano para garantia da ordem pública.“É importante que haja uma resposta dura a quaisquer atos que atentem contra a vida e a integridade física dos apoiadores de qualquer um dos possíveis candidatos, com o fim de coibir novos atos desta natureza, bem como o recrudescimento da violência física, à medida que o pleito se aproxima”, destacou a promotoria.
André Stefano Dimitriu Alves de Brito foi preso em flagrante e autuado pelo crime de explosão, segundo o delegado Gustavo de Castro, titular da 5ª DP (Mem de Sá).
Durante sua audiência de custódia, André Stefano se apresentou como pescador. Ele disse ser hipertenso e ter labirintite. A sua defesa solicitou à Justiça que a prisão em flagrante fosse convertida em provisória.
A magistrada considerou que a conversão da prisão em preventiva foi necessária pela violência ocorrida em um ato público.
“O Brasil encontra-se em período pré-eleitoral de eleições gerais, momento em que os ânimos podem se acirrar, mostrando-se necessário o desestímulo de práticas de natureza violenta, não apenas para proteção das pessoas – objetivo primordial da intervenção do Estado-juiz -, mas também para garantia de manifestações livres de pensamento, que podem restar intimidadas por práticas violentas”, escreveu a magistrada em sua decisão.