Foto: Reprodução – RPC.
No município de Sertanópolis, no Paraná, uma situação inusitada se desdobrou após um morador procurar atendimento médico por apresentar inchaços próximo à cicatriz de uma cirurgia bariátrica. Durante os exames solicitados para diagnosticar o problema, o paciente, identificado como Rangel, recebeu resultados que indicavam duas hérnias e gordura no fígado. No entanto, uma surpresa aguardava ao abrir o envelope dos exames.
Ao receber o documento, a esposa de Rangel notou algo estranho: o laudo estava acompanhado de detalhes de uma gravidez de 23 semanas, inclusive com imagens de ultrassom de um feto em formação. A situação estava longe de ser o resultado que esperavam, resultando em um misto de espanto e humor, enquanto tentavam entender como um erro tão significativo poderia ocorrer.
Como um engano tão grande aconteceu?
Durante o atendimento em uma clínica terceirizada em Londrina, conveniada ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar), ocorreu um erro de identificação no laudo do exame. Rangel conta que o primeiro contato com a clínica por parte de sua esposa não resultou em uma solução clara. A clínica, por seu lado, atribuiu a falha ao motorista responsável pela entrega dos exames. O documento claramente trazia o nome de Rangel, mas possuía descrições que correspondiam a outra paciente.
A clínica responsável, Ultra-Clin, emitiu uma nota explicando que o erro foi devido a uma falha de digitação e que esse tipo de incidente nunca havia ocorrido antes. Destacaram também seus esforços para resolver o problema e evitar futuros transtornos, prezando sempre pela qualidade dos serviços prestados.
Implicações de um erro diagnóstico
Erros em diagnósticos podem levar a consequências sérias, como destacou Rangel em suas declarações à imprensa. Embora, no seu caso, o incidente tenha sido resolvido sem grandes problemas, ele ponderou sobre a gravidade de tais erros em diagnósticos de doenças graves, como o câncer. Casos de equívocos em exames podem causar grande alarme e desespero, especialmente se os resultados forem comunicados de forma inadequada.
Embora Rangel tenha levado a situação com bom humor, ele ressaltou a necessidade de uma comunicação clara e um pedido de desculpas direto da clínica, sugerindo que medidas preventivas e de segurança devem ser reforçadas para evitar tais falhas no futuro.
Ações tomadas após o incidente
A Prefeitura de Sertanópolis e o Cismepar tomaram ciência do ocorrido, mas destacaram que não receberam nenhuma comunicação formal do paciente ou registros na ouvidoria quanto ao caso. Tanto a secretaria de saúde quanto o consórcio informaram que os exames são entregues diretamente aos pacientes em envelopes lacrados, e expressaram a intenção de avaliar detalhadamente o ocorrido.
Além disso, a abertura de um processo administrativo contra a clínica foi anunciada para investigar como esse lapso ocorreu e garantir que medidas corretivas sejam implementadas. O incidente deixou claro a importância do rigor nos procedimentos de identificação e entrega de documentos médicos, reforçando a necessidade de protocolos mais eficazes.