O Federal Reserve elevou nesta quarta-feira (14) sua taxa básica de juros para o nível mais alto em 15 anos, indicando que a luta contra a inflação ainda não acabou, apesar de alguns sinais promissores recentemente.
Após uma reunião de dois dias de seu Comitê Monetário, o banco central dos EUA, que elevou suas taxas para 4,25-4,50% por decisão unânime , elevou sua projeção de inflação para 2023 para 3,1% contra 2,8% de sua projeção anterior.
Também reduziu a previsão de crescimento do PIB da maior potência mundial no próximo ano, de 1,2% para 0,5%, segundo nota divulgada ao final do encontro.
Os aumentos das taxas visam encarecer o crédito ao consumo e ao investimento, arrefecendo a economia e reduzindo a pressão sobre os preços, num contexto de inflação persistente nos Estados Unidos.
Estas são as taxas de referência mais elevadas desde 2007.
Novos aumentos “serão apropriados”, disse a agência em seu comunicado.
Enquanto em setembro projetavam um patamar de 4,6% para a taxa de referência no final do ciclo de alta, agora estão conseguindo níveis acima de 5%.
O consenso então apontou para um ponto percentual total de cortes de taxas em 2024, levando a taxa de fundos para 4,1% até o final daquele ano. Isso é seguido por outro ponto percentual de cortes em 2025 para uma taxa de 3,1%, antes que a referência se estabeleça em um nível neutro de longo prazo de 2,5%.
No entanto, houve uma dispersão bastante ampla nas perspectivas para os próximos anos, indicando que os membros estão incertos sobre o que está por vir para uma economia que lida com a pior inflação desde o início dos anos 1980.
Gazeta Brasil