foto: Marina Ramos | Câmara dos Deputados
Deputado diz que pauta é acinte contra a população.
O deputado federal Paulo Ganime (Novo-RJ) teceu críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT) por causa do projeto de lei que altera a Lei das Estatais.
A votação tem sido encarada como uma manobra para permitir que Aloizio Mercadante assuma a chefia do BNDES no futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com isso, a Lei das Estatais impõe quarentena de 36 meses para indicados à diretoria e ao Conselho de Administração de estatais que tenham participado de “realização de campanha eleitoral”.
Sob a relatoria de Margarete Coelho (PP-PI), aliada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o texto reduz o período de 3 anos, que é o atual prazo de quarentena, para 30 dias. Isso fará com que Mercadante assuma o BNDES no início de 2023.
Ainda conforme a proposta, o mesmo vale para indicados à chefia de agências reguladores.
No Plenário da Casa, ao informar que o Novo orientaria seus parlamentares contra a proposta, Ganime disse que a medida se tratava de um “golpe”. Além disso, afirmou também que o projeto que estava em análise no Câmara teria sido subvertido.
— Eu diria que se trata de um golpe, na verdade. Nós soubemos hoje que o Aloizio foi indicado para a Presidência do BNDES, o que já é um absurdo, é um acinte contra a população brasileira (…). Esperávamos que o golpe viesse através de uma medida provisória, mas, não, veio na cara de pau, através de um projeto que nada tem a ver com o tema — afirmou.
Nas redes sociais, ele reforçou as críticas e chegou a chamar a alteração no projeto de lei de “jabuti”.
— Um absurdo! Simplesmente colocaram um jabuti em um projeto sem relação nenhuma com a matéria para diminuir a quarentena de 36 meses para um mês. Tudo para permitir que o PT consiga indicar o novo presidente do BNDES — se opôs o parlamentar.
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