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Passavam quase vinte minutos da cerimônia do anúncio dos ministros, ontem, quando um repórter do jornal “O Estado de S. Paulo” – Weslley Galzo – questionou Lula sobre a falta de diversidade, de gênero e raça, na primeira leva nomeada pelo petista para seu ministério.
Ainda durante a pergunta, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, soprou no ouvido de Lula alguma coisa e apontava para o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino. A dirigente, nesse momento, indicava a resposta ao presidente eleito, que foi a seguinte:
“Não entendo que você pensa que esse cara é branco (o cara era Dino). Se ele (Dino) fosse perguntado pelo IBGE no mínimo ia dizer que é pardo. Quando você monta um governo monta olhando para a sociedade brasileira. Fica olhando a megadiversidade da população brasileira” – respondeu Lula.
Quem acompanhou pela TV não viu esse momento que a dirigente petista deu a dica da saída para a pergunta constrangedora do jornalista. Mas quem estava no auditório do CCBB, atento, testemunhou.
E a cor ou raça parda não é a mesma coisa que preta. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) de 2021, do IBGE citado por Lula, mostraram que 43,0% dos brasileiros se declararam como brancos, 47% como pardos e 9,1% como pretos.
O repórter também perguntou se nos próximos anúncios, semana que vem, Lula indicará mulheres indígenas e negros para pastas estratégicas, como educação e saúde. O petista não respondeu.
Créditos: Metrópoles.