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O general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva manifestou-se contra a decisão do desembargador Wilson Alves de Souza, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, de suspender a compra de 221 blindados do Exército. No começo da semana, o magistrado atendeu a uma ação popular assinada por Charles Capella de Abreu, ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci.
Ao impedir a aquisição dos blindados do Exército, Souza considerou o gasto desnecessário, em virtude de o Brasil “viver tempos de paz”, e estar contingenciando gastos em ministérios, como o da Saúde e Educação.
“É exatamente em tempos de paz que um país se arma, a fim de preparar-se para uma possível guerra”, constatou Rocha Paiva, a Oeste, ao classificar a argumentação do magistrado como “absurda” e “surrealista”. “Preparar-se em cima da hora é um suicídio. É muito importante agir com antecedência.”
O general lembrou ainda que, nos períodos de paz, há mais tempo para a capacitação dos militares que vão operar os armamentos. Dessa forma, em um eventual conflito, as Forças saberão como manusear os equipamentos na hora.
Rocha Paiva ressaltou a importância da compra dos blindados do Exército para a realização de uma série de atividades por parte dos militares. “Essa liminar vai atrasar a aquisição de um equipamento tão importante, o Centauro, que já tem 50 anos de serviço pelo Exército”, observou o general da reserva. “Como pode um magistrado não procurar quem entende para se informar?”
Revista Oeste