Foto: NATALIA KOLESNIKOVA / AFP.
O porta-voz da Presidência russa garantiu este sábado que o país não vai aceitar um teto máximo para o preço do seu petróleo, após a União Europeia, o G7 e a Austrália terem defendido este mecanismo.
“Não aceitaremos esse limite”, afirmou o porta-voz presidencial da Rússia, Dmitry Peskov, citado pela Agência France Presse (AFP).
Contudo, Peskov referiu que Moscovo já se tinha preparado para essa decisão, sem adiantar mais detalhes.
A posição da Rússia surge pouco após a União Europeia, o G7 (grupo dos sete países mais industrializados) e a Austrália terem defendido que a adoção deste mecanismo limitaria a capacidade de a Rússia financiar a sua ofensiva contra a Ucrânia.
Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido integram o G7.
O G7 e a UE concordaram com um teto de 60 dólares por barril para o petróleo russo numa tentativa de cortar recursos de guerra ao Kremlin
O preço máximo, previamente negociado a nível político entre o grupo G7 das democracias mais ricas e a União Europeia, entrará em vigor com um embargo da UE ao petróleo bruto russo a partir de segunda-feira.
O embargo impedirá os embarques de petróleo russo por navios-tanque para a UE, que representam dois terços das importações, potencialmente privando o cofre de guerra da Rússia de milhões de euros.
O limite de preço tem como objetivo tornar mais difícil para a Rússia contornar as sanções vendendo fora da UE.
Teto ao preço do petróleo vai “destruir economia russa”
“Nós sempre alcançamos o nosso objetivo e a economia da Rússia será destruída. A Rússia pagará e será responsável por todos os seus crimes”, declarou o chefe de gabinete da Presidência ucraniana, Andriy Yermak, na rede social Telegram, em reação ao acordo que une o G7 e a União Europeia.
Yermak referiu ainda que, por ele, “teria descido [o preço máximo do barril de petróleo] para 30 dólares, para os destruírem [os russos] mais rápido”.
Créditos: Diário de Notícias.