O Equador declarou emergência de saúde animal por um período de 90 dias depois de detectar um surto de gripe aviária em fazendas no país. Neste período, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, “não será possível mobilizar aves, produtos e subprodutos de origem aviária como ovos, galinhas, frangos, entre outros, das explorações afetadas pelo surto”.
O primeiro caso altamente patogênico do vírus H5N1 foi confirmado há três dias na Província de Cotopaxi, no centro-norte do país. “Como parte do protocolo de segurança, as aves que estiverem no foco detectado serão sacrificadas; são aproximadamente 180 mil aves”, informou o ministério, em nota. O Equador tem cerca de 263 milhões de frangos e 16 milhões de aves poedeiras.
Segundo o ministro da Agricultura, Bernardo Manzano, no comunicado oficial, todos os protocolos de controle do Plano Nacional de Contingência de Influência Aviária, que incluem quarentena, vigilância e amostragem da população de aves contagiosas, foram ativados.
A gripe aviária é uma doença que não tem cura nem tratamento, causa alta mortalidade em aves silvestres e domésticas como patos, galinhas, galinhas, perus, entre outras, chegando a 60% dos casos.
Um dos receios é a transmissão do vírus de animais para humanos, evento que já foi registrado de forma pontual, inclusive neste ano em países da Europa e nos Estados Unidos. Porém, ainda sem indicarem risco de disseminação entre pessoas.
A nota do Ministério da Agricultura do Equador enfatiza, porém, que a gripe aviária não representa risco à saúde de quem consome ovos e carne de frango. “O consumo de ovos e carne de frango está garantido”, declarou o ministro.
O setor avícola no Equador gera cerca de 300 mil empregos.
Com informações da revista Oeste.