Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Arquivo
Um ciclone-bomba é um fenômeno meteorológico que se destaca pela rápida diminuição da pressão atmosférica ao longo de uma tempestade. Esta ocorrência é mais comum nas regiões de latitudes médias, como certas partes das Américas do Norte, do Oceano Atlântico e do Pacífico. Esse fenômeno é frequente durante os meses de outono e inverno devido aos grandes contrastes de temperatura. Ao cair a pressão de forma abrupta, as chuvas podem se tornar intensas e os ventos extremamente fortes.
A expressão “ciclone-bomba” deriva da velocidade alarmante com que a pressão atmosférica despenca, num processo conhecido como ciclogênese explosiva. Neste processo, a pressão atmosférica pode diminuir em 24 milibares ou mais em apenas 24 horas, gerando condições climáticas severas e, muitas vezes, imprevisíveis.
Impactos de um ciclone bomba na região Sul do Brasil
A Região Sul do Brasil, composta pelos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, é regularmente atingida por este tipo de fenômeno. Segundo previsões do Inmet, uma área de baixa pressão atmosférica está configurada para se transformar em um ciclone-bomba próximo à costa sul do país na semana seguinte. Essa formação deve resultar em intensas rajadas de vento, especialmente em áreas litorâneas.
Além dos ventos fortes, há alertas de chuvas pesadas para toda a região sul, conforme relatado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). No entanto, apesar do potencial agressivo dos ventos, espera-se que o fenômeno não adentre o território brasileiro significativamente.
Como se formam os ciclones bomba?
Os ciclones-bomba surgem devido a mudanças extremas na temperatura e na pressão atmosférica. Quando o ar frio e o ar quente se encontram, especialmente em áreas de baixa pressão durante os meses mais frios, a temperatura e a pressão exercem uma força que pode levar à formação rápida de ciclones. Este encontro entre massas de ar de diferentes temperaturas eleva a energia disponível na atmosfera, catalisando a ciclogênese explosiva.
- Encontros de massas de ar: A colisão entre ar quente e frio é essencial para o nascimento do fenômeno.
- Rapidez da queda de pressão: É imperativo que a pressão diminua rapidamente, em 24 milibares ou mais ao dia, para esta classificação.
- Localização favorável: Áreas de latitudes médias são locais propícios devido aos contrastes térmicos substanciais.
Por que os ciclones bomba são perigosos?
Ciclones-bomba são notórios pelos seus ventos devastadores e precipitações intensas, que podem causar tempestades severas e enchentes. A súbita intensificação do vento pode resultar em danos significativos à infraestrutura, com o potencial de derrubar árvores, causar interrupções na energia elétrica e prejudicar a segurança das populações afetadas. As chuvas intensas que acompanham podem agravar a situação, aumentando o risco de deslizamentos e alagamentos.
A monitorização e os alertas são fundamentais para mitigar os impactos dessas tempestades. Como o Brasil é susceptível a esses eventos, especialmente na região sul, a preparação é crítica para garantir a segurança das comunidades.
Como se preparar para um ciclone bomba?
A primeira linha de defesa contra ciclones-bomba é estar bem informado e preparado. É essencial manter-se atualizado através de previsões meteorológicas confiáveis e seguir as orientações das autoridades locais. Algumas medidas incluem:
- Certificar-se de que os abrigos estão seguros e sem estragos estruturais.
- Evitar áreas propensas a inundações e deslizamentos de terra.
- Ter um kit de emergência com suprimentos básicos, como alimentos não perecíveis, água potável e medicamentos essenciais.
- Preparar planos de evacuação e conhecer as rotas seguras.