Foto: Ricardo Stuckert
Se o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmar a intenção de montar um governo com mais de 30 ministérios, ampliando os 23 atuais, será, com exceção da Venezuela e suas 33 pastas, o Executivo mais robusto da América Latina. Países como Argentina, Colômbia, Equador, México e Uruguai têm menos de 20 ministérios cada. Em parte deles, afirmam especialistas, a tendência é avançar num enxugamento da estrutura.
No Chile do presidente Gabriel Boric, no poder desde março deste ano, explica Marco Moreno, diretor da Escola de Governo da Universidade Central do Chile, o país caminha na direção de reduzir ministérios e fazer fusões:
— Faz tempo temos um projeto no Congresso para criar um Ministério da Segurança, mas não prospera.
Ao longo da campanha, Lula revelou a intenção de aumentar em até 40% o número de ministérios. Seriam ao menos mais nove, que possibilitariam acomodar aliados. Existe a expectativa da volta de pastas como as do Planejamento, Fazenda e Pequenas Empresas, fundidas pela Economia; Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulher, que foram unificadas; Previdência Social, Segurança Pública e Povos Originários, hoje subordinadas à Justiça; além de Pesca, anexada à Agricultura, e Cultura, que integra o Turismo.
No Uruguai, governado por uma coalizão de cinco partidos liderada pelo presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou, o Executivo é formado por 14 ministérios.
Países e seus ministérios — Foto: Infoglobo
O GLOBO