Foto: REPRODUÇÃO/RECORD TV.
A tragédia em duas escolas da cidade de Aracruz, no norte do Espírito Santo, deixou ao menos três mortos e vários feridos. Uma vizinha da escola que mora na região há mais de 40 anos contou que nunca imaginou presenciar algo semelhante.
Durante o Balanço Geral, a mulher disse que levou algumas crianças para casa para ajudá-las e acolhê-las no momento de tensão após o tiroteio.
“Eu achei que era um acidente. Próximo tem um morro, e sempre as crianças caem de bicicleta. Nunca imaginei que seria um tiroteio. Quando cheguei aqui e vi as meninas se jogando pela janela do muro, eu entrei em pânico. O que eu fiz foi abraçar, acolher, gritar, entrar em pânico. Levei algumas para minha casa, fiz uma água com açúcar”, disse.
A mãe de um jovem de 15 anos que estuda na escola particular alvo dos criminosos contou que, segundo o filho, os estudantes estavam no momento do intervalo quando o ataque ocorreu.
“Eu acabei de buscar ele na casa de um colega, para onde ele foi depois que saiu da escola. Ele contou que algumas crianças estavam no pátio da escola, porque era hora do intervalo. Após saberem do ocorrido, os alunos saíram correndo”, disse.
O pai de uma das alunas das escolas disse que a filha também não entendeu, no primeiro momento, o que estava acontecendo.
“Ela contou que ouviu vários estalos. Achou que era uma bombinha. Eles mesmo não sabiam o que estava acontecendo. Quando perceberam que era grave, correram para uma praça. Todo mundo pulou o muro da escola”, afirmou.
O ataque
O jovem invadiu duas escolas localizadas na mesma rua em Aracruz (ES), por volta das 10h desta sexta-feira (25). Ao menos três pessoas morreram. Treze pessoas ficaram feridas — cinco delas em estado gravíssimo.
Segundo testemunhas, o jovem fugiu após o atentado à segunda escola. A polícia confirmou a versão: em um carro Duster de cor dourada, ele teria ido em direção à orla.
O autor dos disparos era um estudante do colégio Primo Bitti, segundo o capitão Alexandre, do 5º Batalhão da Polícia Militar.
“Ele teria entrado na escola, na sala dos professores, com uma pistola e vários carregadores e efetuado diversos disparos, que atingiram seis pessoas no colégio. Dois óbitos foram confirmados no local”, afirmou o capitão.
O governador Renato Casagrande disse que cancelou sua agenda assim que soube da tragédia e que deslocou as secretarias de Segurança e de Educação para apurar os motivos do atentado e auxiliar a comunidade escolar.
“Imediatamente suspendi minha participação num evento que discutiria reforma para o Brasil e pacto federativo e estou buscando retornar ao Espírito Santo para acompanhar a apuração e o desenrolar desse triste fato”, afirmou Casagrande.
Créditos: Portal R7.