A juíza Andréa Calado Cruz, reconhecida por suas decisões judiciais de alto impacto, como as prisões de figuras públicas como Deolane Bezerra e Gusttavo Lima, se envolveu em um controverso caso de inadimplência imobiliária. A magistrada foi condenada a pagar uma dívida significativa relacionada a um imóvel de luxo que ocupou de forma irregular em Recife, Pernambuco.
Segundo informações do Metrópoles, o caso gira em torno de um apartamento situado em uma área nobre da capital pernambucana, avaliado em aproximadamente R$ 1,1 milhão. Embora a juíza tenha financiado o imóvel, surgiram inadimplências significativas que resultaram em uma decisão judicial contra ela. A dívida acumulada por não honrar os pagamentos relacionados ao imóvel levou a um processo judicial que culminou em sua remoção do local.
Como a Juíza Perdeu o Imóvel?
De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Andréa Calado Cruz não cumpriu com os compromissos financeiros estabelecidos com o banco financiador. O acordo inicial envolvia um pagamento de entrada e a quitação das parcelas restantes, totalizando R$ 800 mil. No entanto, a magistrada não honrou o acordo, resultando na venda do imóvel a terceiros.
Após o leilão do imóvel, novos proprietários adquiriram o apartamento por quase R$ 1 milhão no final de 2021. Apesar disso, a juíza se recusou a desocupar o local, permanecendo até ser despejada em 7 de dezembro de 2022. A situação se agravou quando as imagens anexadas ao processo mostraram que o imóvel foi entregue com danos, incluindo a falta de fechaduras e de vaso sanitário.
Quais as Implicações Legais para Andréa?
Recentemente, a Justiça determinou que Andréa Calado Cruz pague uma dívida de R$ 262 mil aos novos proprietários. Este montante inclui R$ 8,6 mil mensais por cada mês que ocupou o imóvel irregularmente, além de custos adicionais arcados pelos atuais donos. Caso esse valor não seja quitado, a magistrada corre o risco de ter seus bens penhorados.
A juíza apresentou sua defesa, alegando que a dívida seria apenas junto ao banco e não aos novos proprietários. Andréa também mencionou tentativas de renegociação durante o período da pandemia de Covid-19, sem resultados positivos.
Com o impasse financeiro ainda em andamento, o caso continua na fase de cumprimento de sentença. A magistrada já foi condenada anteriormente, sem possibilidades de recurso, o que potencializa o risco de penhora dos seus bens, conforme decisão do juiz Marcus Vinícius Nonato Rabelo Torres. O caso ainda está aberto para eventuais manifestações da juíza ou de sua defesa.