Nos últimos anos, o nome da influenciadora Andressa Urach esteve associado a uma disputa jurídica complexa com a Igreja Universal. Em 2021, Urach iniciou um processo judicial buscando reaver aproximadamente R$ 2,5 milhões, quantia que afirma ter doado à instituição religiosa. A questão gira em torno do fato de que, segundo ela, as doações comprometeram seriamente sua subsistência.
Conforme relatado pela colunista Fábia Oliveira do Metrópoles, o caso se arrasta na Justiça há cerca de três anos, mas em outubro de 2024, novas instruções no processo foram anunciadas. No dia 1º de janeiro, a juíza responsável pelo caso estipulou que Urach deverá comprovar o seu patrimônio antes e após as doações, para sustentar suas reivindicações.
Quais os argumentos de Andressa Urach?
O principal argumento de Andressa Urach é que todas as suas posses foram doadas à igreja, deixando-a em uma situação financeira precária, descrita juridicamente como “condição famélica”. Esta expressão aponta que ela ficou praticamente sem recursos para sua sobrevivência, condição que buscou reparar através de sua ação judicial. A decisão judicial joga o ônus da prova sobre Urach, exigindo que ela demonstre, em detalhes, a extensão de seu patrimônio antes de suas contribuições à igreja e o estado atual de seus bens.
Qual a resposta da Igreja Universal?
A Igreja Universal também teve envolvimento em novas movimentações processuais no início de 2024. A instituição solicitou que a Editora Planeta, responsável pela publicação do livro autobiográfico de Urach, “Morri para Viver”, forneça informações sobre os valores pagos à influenciadora. Este livro, que fez sucesso de vendas, pode conter informações relevantes ou contraditórias para o caso, considerando o ganho financeiro derivado dessa publicação.
Com as novas instruções processuais e solicitações de documentação, o desfecho do caso parece se aproximar, embora os envolvidos ainda não tenham se manifestado publicamente a respeito dos últimos acontecimentos. A resolução deste processo pode ter implicações significativas não só para Andressa Urach, mas também para a forma como doações por parte de membros de instituições religiosas são tratadas legalmente no Brasil.
Este caso levanta questões importantes sobre as implicações legais de grandes doações a instituições religiosas, destacando a importância da transparência e da documentação clara ao realizar tais transações. Ele também demonstra a necessidade do judiciário de equilibrar a proteção de direitos individuais com a liberdade religiosa e o direito de doação.