O despacho do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, em resposta ao pedido do Partido Liberal (PL) para invalidar os votos computados em 279 mil urnas eletrônicas, está movimentando os deputados estaduais e federais eleitos pela sigla.
Moraes requereu ao Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, que a representação protocolada na terça-feira (22/11) abranja os dois turnos do pleito deste ano, já que as urnas que teriam tido problemas foram usadas em ambas as votações. Isso colocaria em risco não só o mandato presidencial, mas de todos os eleitos, de todos os partidos.
No Twitter, o deputado federal Filipe Barros e autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), do voto impresso, explica que o pedido do PL tem validade e está dentro da legalidade porque cada urna tem o “log da urna”, ou seja, o histórico de tudo o que aconteceu naquela urna.
“Cada urna tem também um código de identificação própria. Basicamente, um “CPF de cada urna. Logo, cada “log de urna” deve estar vinculado ao código de identificação daquela urna específica”.
Barros também afirma que quer eleições transparentes nem que “isso custe o mandato dos já eleitos”.
“Queremos transparência nas eleições mesmo que isso custe o mandato dos já eleitos. Não há democracia sem transparência.”, ressaltou o parlamentar.
General Girão, deputado federal, disse que não se intimida com as decisões de Moraes. “Perdeu, mané”, escreveu o parlamentar.
O congressista diz que a reeleição do presidente Jair Bolsonaro é prioridade e que está disposto a participar de novas eleições.
“Sabemos que o eleitor potiguar confia e aprovará o nosso nome, mais uma vez.”
Conforme o vídeo abaixo, José Medeiros, deputado federal, afirma que recebeu com “espanto” a notícia da decisão do ministro do STF, que já estava com a determinação pronta, alegando que, “ou trás todos os dados, ou não será aceito o documento”.
O deputado entende a atitude como “tentativa de amedrontar para que o PL recue”.
Medeiros diz que a tentativa não o assusta e que disputaria a eleição novamente em nome da transparência das eleições.
O jornalista Jorge Serrão, da Jovem Pan, conversou com o Terra, Brasil Notícias e disse que não meios de analisar o cenário no momento e que até a eleição de Sérgio Moro está em risco de não ser referendada.
“A coisa ainda está esquisita. Não dá para falar nada agora não. O certo seria que…, Mas a coisa está tão confusa, está de um jeito, que até o Moro pode não ter a candidatura referendada. A coisa está feia.
Em conversa exclusiva com o Terra Brasil Notícias, o deputado estadual eleito, Tomé Abduch e líder do movimento “Nas Ruas”, afirma que renunciaria ao mandato em nome da democracia e eleições livres e limpas.
“Sim, abriria. O que temos de mais importante em uma nação é a democracia. A única forma que temos para garantir a democracia está no cumprimento da escolha da população pelo voto. O meu posicionamento não é ideológico. Teria essa mesma postura independente dos candidatos.
A alternância de poder é sadia para uma nação livre.
Uma nação sem liberdade de expressão e transparência não é democrática. Para mantermos o equilíbrio das instituições e o respeito à constituição, precisamos apenas de transparência. Com transparecia o resultado deve ser respeitado, e o perdedor tem a obrigação constitucional em aceitar.
O fato, neste momento, é que existem indícios que devem ser esclarecidos a população”, destacou o futuro parlamentar.
Gustavo Gayer, eleito neste pleito de 2022, disse ao Terra Brasil Notícias que renuncia ao mandato em nome da “Transparência”. “De que adianta ter um mandato de deputado federal em um país que não há transparência nas eleições?”, questiona o jornalista.
“De que adianta ter um mandato de deputado federal em um país que não há transparência nas eleições? Eu não quero ser um político em uma democracia de vitrine, eu quero ser um cidadão em um país livre. Entre o meu mandato e a liberdade dos meus filhos eu fico com a liberdade dos meus filhos”.
O deputado federal eleito pela Paraíba, Cabo Gilberto, atualmente deputado estadual, disse a Coluna que está disposto a passar por um nome escrutínio público para termos eleições transparentes.
“Eu renuncio totalmente ao meu mandato para que tenhamos eleições 100% limpas e transparentes, que não é o caso do Brasil”.
Gilberto disse que assina embaixo a representação do PL. “Estávamos falando sobre a transparência das eleições há muito tempo. Estamos questionando há bastante tempo, desde 2014 quando o PSDB questionou e as urnas não puderam ser auditas”.
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