Na madrugada desta quarta (23/10), a Receita Federal realizou a apreensão de uma significativa quantidade de canetas aplicadoras de Mounjaro no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre. O medicamento estava com um passageiro que desembarcava de um voo proveniente de Lisboa, Portugal, e tinha um valor estimado de R$150 mil.
A apreensão ocorreu devido à quantidade transportada, o que sugeriu uma intenção de revenda. A mercadoria confiscada levantou questões sobre o uso e a comercialização de medicamentos não aprovados no Brasil para determinadas finalidades.
Apreensão de Mounjaro pela Receita
Mounjaro, cujo nome genérico é tirzepatida, é um medicamento fabricado por uma empresa norte-americana. Originalmente, ele é destinado ao tratamento de diabetes tipo 2, mas tem sido amplamente utilizado off-label para perda de peso. Por esse motivo, o remédio recebeu o apelido de “Ozempic dos ricos”. A elevada procura entre pessoas de maior poder aquisitivo se deve ao seu potencial efeito emagrecedor.
Qual a regulamentação do Mounjaro no Brasil?
No Brasil, o Mounjaro foi autorizado pela Anvisa para uso médico desde setembro de 2023. No entanto, até o momento, sua comercialização ainda não está liberada. Isso significa que, embora reconhecido pela agência reguladora, não há oferta oficial e disponível no comércio brasileiro. Essa condição contribui para o seu tráfico irregular, como evidenciado pela apreensão recente realizada pela Receita Federal.
Por que o Mounjaro é tão caro?
A tirzepatida, substância ativa do Mounjaro, pode ser bastante onerosa. No mercado internacional, o custo de uma única unidade da caneta aplicadora pode chegar a R$3.782,17. Este valor elevado pode ser atribuído a diversos fatores, como os custos de pesquisa e desenvolvimento, o processo de produção e o fato de ser ainda uma novidade no campo dos medicamentos para diabetes e emagrecimento.
Quando a Receita Federal apreende medicamentos como o Mounjaro, as implicações vão além do simples confisco. Este ato visa garantir a segurança dos consumidores e evitar a comercialização de produtos sem a devida regulamentação e controle. Além disso, a apreensão serve como um alerta para o tráfico ilegal de medicamentos e a importância de respeitar as normas sanitárias do país.