A Previdência Social no Brasil, mais conhecida como INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), é uma entidade governamental responsável pelo pagamento de benefícios e aposentadorias aos seus contribuintes. Este sistema é fundamental para garantir segurança financeira aos trabalhadores na aposentadoria. Qualquer cidadão pode optar por contribuir, inclusive aqueles que se encontram desempregados, assegurando assim seu direito ao benefício no futuro.
Analisar bem as opções e planejar a aposentadoria são passos essenciais para garantir uma velhice confortável e segura. Apesar das críticas quanto aos valores pagos pelo INSS, sua importância é incontestável. Para explorar todas as possibilidades e entender como o sistema pode beneficiar a todos, é necessário aprofundar-se no funcionamento do INSS.
Qual o objetivo principal da criação do INSS?
O INSS é responsável por administrar e distribuir benefícios previdenciários, como aposentadorias, pensões e auxílios, a trabalhadores, microempreendedores e contribuintes individuais. Criado em 27 de junho de 1990, o INSS surgiu da fusão do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) com o IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social), consolidando-se como a entidade que gere os recursos arrecadados pela Previdência Social.
Apesar de supervisionar e organizar o pagamento dos benefícios, o INSS não tem autonomia para definir ou modificar as regras previdenciárias. A responsabilidade por reformulações nas normas de concessão desses benefícios cabe exclusivamente ao Governo Federal.
Como contribuir para o INSS?
A contribuição ao INSS é fundamental para o acesso aos seus benefícios, e pode ser feita de diferentes formas, dependendo da ocupação do trabalhador:
Para os trabalhadores formais, a contribuição é descontada automaticamente do salário pela empresa. Já os trabalhadores autônomos devem se inscrever no INSS e realizar os pagamentos mensalmente. No caso dos Microempreendedores Individuais (MEIs), a contribuição está incluída na taxa mensal paga pelo CNPJ.
Quais são os tipos de aposentadorias oferecidas pelo INSS?
O INSS oferece uma variedade de modalidades de aposentadoria, cada uma com características próprias. Entre as principais estão:
- Aposentadoria por idade: Exigida a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, no caso de trabalhadores urbanos. Trabalhadores rurais será 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.
- Aposentadoria por tempo de contribuição: Para as mulheres, são necessários 30 anos de contribuição, enquanto que para os homens, são 35 anos, condicionados ao cálculo do Fator Previdenciário.
- Aposentadoria 88/98: Esta fórmula considera a soma da idade do contribuinte com seu tempo de contribuição, exigindo que a soma seja de 88 para mulheres e 98 para homens. Entretanto, a partir de 2025 será 89/99 até 2026.
Quais são os benefícios adicionais oferecidos pelo INSS?
Além da aposentadoria, o INSS disponibiliza diversos outros benefícios aos seus segurados, que são essenciais em períodos de necessidade. Estes benefícios incluem auxílio-doença, licença-maternidade, entre outros:
- Aposentadoria por invalidez: Para aqueles que, devido a doenças ou acidentes, se tornam incapazes de realizar qualquer tipo de trabalho.
- Auxílio-acidente: Disponível para segurados que sofreram acidentes que os incapacitam temporariamente, oferecendo assistência financeira até que se recuperem e possam voltar a trabalhar.
- Auxílio-doença: Destinado ao segurado que está impossibilitado de exercer suas atividades profissionais por mais de quinze dias devido a questões de saúde.
- BPC/LOAS: Benefício Assistencial destinado a Pessoas com Deficiência ou Idosos, voltado para aqueles cuja renda familiar per capita é inferior a um quarto do salário mínimo.
- Pensão por falecimento: Benefício destinado aos dependentes de um segurado que faleceu.
- Salário-família: Voltado para segurados que têm filhos com menos de 14 anos ou que sejam considerados inválidos.
- Salário-maternidade: Disponível para seguradas que tiveram um filho ou adotaram uma criança, oferecendo suporte financeiro durante o período pós-parto.
O que acontece se eu deixar de contribuir para o INSS?
Deixar de contribuir para o INSS pode trazer consequências negativas para os trabalhadores. Uma das principais é o acúmulo de dívidas previdenciárias, que podem gerar juros e multas, especialmente para contribuintes individuais e microempreendedores. Além disso, a falta de pagamento regular compromete a qualidade de segurado, ou seja, o direito de acessar benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, e outros auxílios oferecidos pela Previdência Social.
A interrupção nas contribuições também afeta o tempo de serviço considerado para a aposentadoria. Sem os pagamentos contínuos, o trabalhador poderá atrasar o tempo necessário para se aposentar, além de reduzir o valor final do benefício. Por isso, é fundamental manter as contribuições em dia para garantir o acesso aos direitos previdenciários e evitar prejuízos futuros.
Como consultar meu extrato de contribuições?
Para consultar seu extrato de contribuições ao INSS, basta acessar o portal “Meu INSS“, disponível online ou por aplicativo para dispositivos móveis. Nele, você pode verificar todas as suas contribuições previdenciárias de forma rápida e prática. O acesso é feito com um login simples, utilizando seu CPF e senha cadastrada, e permite acompanhar de perto o histórico de pagamentos, garantindo que todas as contribuições estejam registradas corretamente.
Confira os portais oficiais para baixar o seu aplicativo do INSS:
- Para dispositivos Android: Meu INSS – Central de Serviços | Play Store.
- Para dispositivos iOS: Meu INSS – Central de Serviços | App Store
Ambos os links retirados do site oficial gov.br. Desse modo, pode-se consultar seu extrato e contribuição em qualquer lugar via app. Entretanto, o aplicativo possui informações sensíveis, como dados pessoais, fraudes em seu nome e até acesso a benefícios. Por esses motivos, é indiscutível que instale somente em dispositivos de confiança e pessoais!
Aposentadoria é direito, mas você precisa solicitá-la!
A aposentadoria é um direito conquistado pelo trabalhador após anos de contribuições ao INSS. No entanto, mesmo sendo um direito previdenciário, o trabalhador precisa, obrigatoriamente, fazer a solicitação ao INSS. Caso não faça o requerimento, não será possível ter acesso à aposentadoria ou qualquer outro benefício.
O pedido pode ser feito pela internet e sem sair de casa, utilizando o aplicativo Meu INSS ou o site oficial. Isso facilita o processo e evita a necessidade de deslocamentos para agências da previdência. Siga os passos abaixo:
- Acesse o portal meu.inss.gov.br e insira seu login e senha;
- Se ainda não tiver conta, clique em “Criar novo acesso” e, em seguida, em “Registrar-se”;
- Preencha seus dados pessoais, como CPF, data de nascimento, nome da mãe, e-mail, telefone e estado de nascimento. Também será necessário responder algumas perguntas sobre seu histórico com o INSS;
- Uma senha temporária será enviada. Ao recebê-la, clique em “Mudar senha” para definir uma nova senha pessoal;
- Escolha a opção desejada e siga com o processo!
Caso tenha dúvidas, entre em contato pelo número 135.
Sua profissão pode assegurar a antecipação de benefícios
Trabalhos considerados perigosos ou insalubres podem impactar significativamente a aposentadoria dos trabalhadores, permitindo que aqueles que atuam em tais condições tenham um tempo de contribuição adicional. Esses tipos de atividade, conhecidos como “atividade insalubre ou periculosa”, entretanto houve alterações de seu funcionamento após a Reforma, confira:
Até 13 de novembro de 2019, os critérios para se aposentar pela Aposentadoria Especial eram os seguintes:
- Risco Baixo: 25 anos de atividade especial
- Risco Médio: 20 anos de atividade especial
- Risco Alto: 15 anos de atividade especial
Para aqueles que trabalharam antes da Reforma da Previdência, mas não cumpriram todos os requisitos, os critérios são:
- Risco Baixo: 25 anos de atividade especial + 85 pontos
- Risco Médio: 20 anos de atividade especial + 76 pontos
- Risco Alto: 15 anos de atividade especial + 66 pontos
Por outro lado, quem começou a trabalhar após a Reforma da Previdência ou não contribuiu antes do dia 13 de novembro de 2019 se encaixa nas novas regras definitivas:
- Risco Baixo: 25 anos de atividade especial + mínimo de 60 anos de idade
- Risco Médio: 20 anos de atividade especial + mínimo de 58 anos de idade
- Risco Alto: 15 anos de atividade especial + mínimo de 55 anos de idade
Em resumo, se você começou a trabalhar após a vigência da Reforma (13/11/2019), estará sujeito às novas regras. Agora, será necessário atingir 60 anos de idade e ter 25 anos de atividade especial para se aposentar. Ao contrário do que acontecia antes, quando os segurados podiam se aposentar apenas com 25 anos de atividade especial, agora é preciso esperar até os 60 anos para garantir o benefício, o que pode ser desvantajoso para muitos.
Portanto, é crucial que os profissionais estejam cientes de seus direitos e busquem informações, ou um advogado previdenciário, sobre suas contribuições para garantir uma aposentadoria digna.
Tempo trabalhado sem carteira pode valer para a aposentadoria
O tempo trabalhado sem registro em carteira pode ser considerado para a contagem de tempo de contribuição na aposentadoria, mas é necessário apresentar provas que comprovem essa experiência. Confira os principais critérios que podem auxiliar para a comprovação:
- Aqui está a lista em ordem alfabética:
- Anotações na Carteira de Trabalho
- Comprovantes de pagamento
- Controle de ponto
- Contracheques
- Declarações de empregadores
- Depoimentos de colegas de trabalho
- Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP)
Para facilitar esse processo e aumentar as chances de aceitação do pedido, é altamente recomendável buscar a orientação de um advogado especializado em direito previdenciário. Um profissional capacitado pode ajudar a reunir a documentação adequada e guiar o segurado nas etapas do requerimento, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que a aposentadoria seja efetivamente concedida.
Vale a pena depender do INSS para a aposentadoria?
Elaborar um plano para a aposentadoria contando com o INSS pode ser uma estratégia inteligente para garantir uma fonte de renda no futuro. No entanto, muitos escolhem diversificar seus benefícios por meio de investimentos privados, evitar dívidas e poupar. Buscando assim, mais conforto e tranquilidade financeira na fase da aposentadoria.
Se o INSS for sua prioridade, é fundamental iniciar as contribuições o mais cedo possível e compreender as opções e direitos disponíveis no sistema previdenciário brasileiro, o que pode melhorar significativamente suas chances de uma aposentadoria tranquila.