A demência é um termo que descreve um conjunto de sinais e sintomas associados à perda progressiva das funções cognitivas. Embora as perdas de memória sejam frequentemente associadas a essa condição, a demência também pode afetar outras habilidades como raciocínio, pensamento e linguagem. O Alzheimer, a forma mais comum de demência, afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, incluindo 1,2 milhão no Brasil.
Sabe-se que o esquecimento frequente é um dos sinais mais comuns da demência. No entanto, há outros sintomas menos conhecidos que muitas pessoas podem não associar imediatamente à doença, mas que podem ser igualmente indicativos em um quadro de demência.
Quais são os Sinais Menos Conhecidos da Demência?
Entre os sinais menos conhecidos da demência estão alterações como a preferência por alimentos doces, perda de olfato, convulsões, incontinência urinária, quedas repetidas, alucinações visuais, distúrbios do sono e mudanças no humor e comportamento. Estes sintomas podem ocorrer isoladamente ou em conjunto, dependendo do tipo e progressão da doença.
Os pesquisadores apontam que a predileção por doces pode estar ligada à redução das papilas gustativas. Essa mudança pode estar relacionada à alteração nos níveis de insulina no cérebro. A perda de olfato também é significativa, pois pode indicar uma perda mais ampla de funções cognitivas.
Por Que Esses Sinais Sãzo Pouco Conhecidos?
As razões para a falta de percepção desses sinais frequentemente residem na variedade de formas como eles se manifestam. A preferência por alimentos doces, por exemplo, deriva de alterações químicas no cérebro, semelhantes às ocorridas no diabetes. O cérebro pode produzir insulina e, quando este nível diminui, pode haver desejo por doces, levando a padrões alimentares desfavoráveis.
O reconhecimento de sinais como a perda de olfato é importante, pois pode oferecer pistas precoces para o diagnóstico de Alzheimer e outras formas de demência. Este sinal específico pode estar diretamente ligado à degeneração das funções cerebrais.
Quando Procurar um Diagnóstico?
É crucial recordar que a presença de um ou mais sintomas não indica necessariamente a presença de demência. Outros fatores de saúde podem influenciar esses sinais. Contudo, a conscientização acerca deles pode ajudar nos momentos adequados em que buscar ajuda médica é necessário.
- Idade avançada
- Histórico familiar de demência
- Carga genética, como possuir o gene da apolipoproteína E (APOE ε4)
- Traumas cranianos severos
- Doenças crônicas, como diabetes
- Hábitos de vida prejudiciais, como má alimentação e sedentarismo
O que Contribui para o Risco de Demência?
Embora não existam causas específicas para a demência, vários fatores podem aumentar o risco. A idade é o principal vetor, já que o risco aumenta com o avançar dos anos. Além disso, um histórico familiar de demência ou a presença de certos genes podem predispor indivíduos à doença.
Traumas cerebrais, especialmente aqueles que causam inconsciência, também são fatores. Outras influências incluem condições crônicas de saúde e hábitos de vida pouco saudáveis, como tabagismo, consumo excessivo de álcool e falta de atividade física.