Morreu neste sábado em Genebra, aos 87 anos, Lily Safra, uma das mulheres mais ricas do mundo, conforme reportou o colunista Lauro Jardim, de O Globo. Com uma fortuna estimada em R$ 5 bilhões, Lily por 23 anos foi casada com o banqueiro Edmond Safra, que morreu em 1999 durante incêndio em uma residência que mantinham em Mônaco. Lily, que estava no imóvel, conseguiu salvar-se. O enfermeiro de Edmond foi condenado à prisão como responsável pelo incêndio.
Lily era colecionadora de arte e, depois da morte de Edmond, Lily passou a presidir a fundação que levava seu nome. A fundação fazia a gestão de recursos destinados pelo casal a obras sociais e instituições em vários países, inclusive no Brasil, como hospitais, universidades, museus, sinagogas. Em mais de uma ocasião, peças do enorme acervo de arte e antiguidades do casal, distribuído em grande parte pelos lugares de residência que mantinham na Europa e nos Estados Unidos, foram levadas a leilão e os recursos obtidos, destinados à benemerência.
Anteriormente, Lily foi casada por quatro anos com Alfredo Monteverde, fundador do Ponto Frio, que se suicidou em 1969, e com o industrial argentino Mario Cohen.
Nascida em 30 de dezembro de 1934, em Porto Alegre-RS, filha do engenheiro inglês Wolf White Watkins e Annita Noudelman de Castro, Lily teve três filhos no casamento com Mario Cohen: Claudio, Adriana e Eduardo. Claudio e o filho Rafael morreram num acidente de carro, no Rio de Janeiro, em 1989 (Claudio tinha outro filho, Gabriel). Alfredo Monteverde tinha dois filhos adotivos, que, com sua morte, ficaram aos cuidados de Lily.