Na manhã desta segunda-feira (14/10), a Enel Distribuição São Paulo informou que ao menos 537 mil imóveis na Grande São Paulo ainda estavam sem luz. A interrupção no fornecimento é resultado de um forte temporal, ocorrido quatro dias atrás, que afetou áreas rurais e urbanas, incluindo a capital paulista, onde 354 mil consumidores permanecem sem energia. O evento climático deixou mais de 2,1 milhões de pessoas sem eletricidade em seu pico.
Apesar dos desafios significativos, a Enel anunciou que aproximadamente 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado desde o início dos esforços de recuperação. Para acelerar o processo, a empresa recebeu reforços de equipes de outras regiões do país, incluindo profissionais do Rio de Janeiro e do Ceará, embora não tenha especificado a quantidade de pessoal enviado por essas distribuidoras.
Impacto e Reação das Autoridades
A ausência prolongada de energia trouxe complicações para residentes e empresas, especialmente no comércio local. O diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, expressou insatisfação com a resposta da Enel, afirmando que as medidas tomadas foram inferiores às expectativas. A agência considera que, comparado a um apagão anterior, ocorrido em novembro passado, o atendimento atual foi menos eficiente.
Principais Áreas Afetadas
- São Paulo (capital): 354 mil imóveis
- Cotia: 36,9 mil imóveis
- Taboão da Serra: 32,7 mil imóveis
- São Bernardo do Campo: 28,1 mil imóveis
Estes municípios estão entre os mais impactados, e em resposta, moradores e organizações locais já estão tomando medidas legais contra a Enel para buscar compensação pelos danos sofridos.
Desafios e Prognósticos Futuros
A falta de previsão para o retorno total do fornecimento de energia elétrica mantém a população em alerta e reforça a necessidade de melhorias nas infraestruturas de distribuição de energia da região. Enquanto isso, a Enel continuará a enfrentar pressão tanto de consumidores quanto de entidades regulatórias como a Aneel, que buscam garantir um serviço de energia mais robusto e resiliente frente às condições climáticas extremas. O desfecho deste incidente pode servir de aprendizado para futuras gestões de crises semelhantes, com o objetivo de minimizar os impactos à população.