Preocupação com fiscal reverteu o bom humor do início do dia e acabou pressionando as taxas futuras que subiram em todos os vencimentos
Em dia de noticiário leve, os investidores reagiram a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a rumores sobre Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda no próximo governo.
Os juros futuros, que iniciaram o dia devolvendo parte dos ganhos da quinta-feira, reverteram a direção e voltaram a subir com declarações de Campos Neto de que o Banco Central fará tudo o que for necessário para segurar a inflação. O presidente da autoridade monetária ressaltou que o mercado não tem paciência e precisa de clareza sobre a sustentabilidade fiscal e a dívida brasileira.
No período da tarde, notícias indicando a preferência de Lula por Haddad na posição de novo ministro da Fazenda também ajudaram a empurrar as taxas dos juros futuros para cima. O dólar, por outro lado, operou em baixa durante o dia e fechou cotado a R$ 5,38.
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, reagiu à queda no preço das commodities durante o pregão e fechou em baixa de 0,82%, aos 108.799 pontos, puxado por Vale e Petrobras. A perspectiva de uma política monetária mais restritiva também afetou as ações de empresas ligadas ao varejo, que lideraram as perdas do dia.