Após um período de 39 dias suspensa, a plataforma X, de propriedade do bilionário Elon Musk, foi autorizada a retomar suas atividades no Brasil. A decisão do desbloqueio foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorreu em 8 de outubro. O retorno do X ao cenário digital brasileiro tem gerado expectativas em relação aos impactos na liberdade de expressão e nas comunicações online.
Pronunciamento Oficial da Empresa
Em comunicado oficial, o X expressou satisfação com a retomada de suas operações no país. “O X tem orgulho de estar de volta ao Brasil. Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo este processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos”, declarou a conta de Assuntos Governamentais Globais da plataforma.
Decisão de Desbloqueio e Ação da Anatel
A decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizou o “imediato retorno das atividades” do X no Brasil, instruindo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a tomar as providências necessárias para a execução da medida. Em resposta, a Anatel começou a notificar as prestadoras de serviços de telecomunicações para que liberem o acesso ao X, esclarecendo que a responsabilidade pela implementação das medidas caberá a cada prestadora individualmente. Isso significa que o tempo para a completa reativação da plataforma pode variar entre as operadoras.
Com a liberação gradual do acesso, muitos usuários já conseguiram reconectar-se à rede social, trazendo à tona discussões sobre a liberdade de expressão online. A suspensão anterior havia gerado polêmica entre defensores da livre comunicação digital e aqueles que acreditam na necessidade de regrar o uso de plataformas por questões de segurança e controle da desinformação.
A reativação do X no Brasil reflete o dinamismo das relações entre grandes plataformas de mídia social e órgãos reguladores nacionais. As empresas do setor precisam navegar pelas complexas interações entre seus padrões de operação global e as leis locais. Observadores estão atentos aos próximos desenvolvimentos nesse cenário, especialmente no que tange o impacto de decisões judiciais sobre plataformas tecnológicas internacionais.