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O clima eleitoral em Curitiba está fervendo após a definição dos candidatos que disputarão o segundo turno das eleições municipais de 2024. Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) conquistaram suas vagas na disputa final após uma campanha eleitoral acirrada, marcada por uma série de ataques e estratégias calculadas para atrair o eleitorado de direita.
A corrida para a prefeitura acentuou a polarização política na cidade, com ambos os candidatos tentando se associar à figura carismática do ex-presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro, que apoia oficialmente Pimentel, também foi símbolo de apoio às campanhas nas redes sociais de Graeml, evidenciando o quanto seu respaldo ainda influencia as eleições locais.
Cenário do segundo turno
A disputa pelo comando de Curitiba tornou-se um verdadeiro confronto de titãs à direita. Eduardo Pimentel conseguiu 33,51% dos votos válidos, enquanto Cristina Graeml ficou logo atrás, com 31,17%, conforme a apuração do primeiro turno. Essa diferença apertada promete uma competição intensa até o dia da votação final, marcada para 27 de outubro.
O que torna essa competição particularmente interessante é a postura agressiva e as estratégias usadas por ambos os lados. A busca pelo eleitorado de Bolsonaro se intensificou, resultando em um embate sobre quem seria o verdadeiro representante dos valores bolsonaristas na capital paranaense.
Como a coligação de Pimentel foi estruturada?
Desde a pré-campanha, o PSD, liderado pelo governador Ratinho Junior, buscou construir uma ampla aliança para suceder Rafael Greca. A intenção era clara: juntar o máximo de partidos da direita para garantir tempo na televisão e viver um sonho político sem maiores obstáculos.
- Inclusão do PL de Bolsonaro: Um ponto crucial foi a negociação com Bolsonaro para assegurar a vice-candidatura de Paulo Martins.
- Ampla coligação: O resultado foi uma aliança com oito siglas, a maior entre todas as candidaturas.
- Tempo de propaganda: A coligação garantiu mais de 4 minutos de televisão para a campanha de Pimentel.
Implicações do apoio de Bolsonaro para Graeml
A candidatura de Cristina Graeml foi impulsionada por sua ligação com Jair Bolsonaro, especialmente pelo uso da imagem do ex-presidente em sua campanha. Graeml, ao contrário de Pimentel, conseguiu ter a simpatia declarada de Bolsonaro nas redes sociais, o que atraiu um segmento específico do eleitorado curitibano.
- Encontro em Brasília: Graeml se encontrou com Bolsonaro, reforçando sua candidatura e recebendo apoio visual e moral.
- Risco na candidatura: Sua campanha chegou a ser ameaçada por conflitos internos no PMB, mas Graeml conseguiu superar esses obstáculos com a ajuda do TRE.
Dinâmica das pesquisas na cena política
Durante a corrida eleitoral, as pesquisas desempenharam um papel decisivo em determinar o clima e as expectativas dos eleitores. A última pesquisa ao primeiro turno da Quaest, realizada em 5 de outubro de 2024, revelou um cenário de empate técnico, o que estimulou uma série de manobras judiciais de Pimentel para ajustar as percepções do eleitorado.
- Contestações na Justiça Eleitoral: Pimentel conseguiu suspender a divulgação de várias pesquisas eleitorais que mostravam seu declínio.
- Mudanças de cenário: A política de comunicação e de debates foi ajustada conforme os resultados das pesquisas para otimizar as chances de vitória no segundo turno.
Com o segundo turno se aproximando, os eleitores curitibanos se preparam para escolher entre duas visões diferentes da direita política, cada uma com seus próprios méritos e desafios. Até 27 de outubro, muita campanha ainda ocorrerá, e o resultado final pode surpreender até os mais experientes analistas políticos.