Ministro turco atribui a autoria do ataque a membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que tem apoio americano
Foto: YASIN AKGUL / AFP
A Turquia rejeitou nesta segunda-feira (14) a mensagem de condolências do governo dos Estados Unidos após a morte de seis pessoas em um atentado no centro de Istambul, que Ancara atribuiu a grupos curdos.
“Não aceitamos a mensagem de condolências da embaixada dos Estados Unidos. Nós rejeitamos. Nossa aliança com um Estado que apoia Kobane e seus focos de terror (…) deve ser discutida”, disse o ministro do Interior, Suleyman Soylu.
O ministro acusou os combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e algumas facções aliadas, que têm apoio dos Estados Unidos, pelo atentado em Istambul.
A polícia turca anunciou que a jovem detida e acusada de colocar a bomba na avenida Istiklal de Istambul tem nacionalidade síria.
Também de acordo com a polícia, a mulher admitiu ter atuado por ordem do PKK e que recebeu orientações em Kobane, localidade do norte da Síria.
A Turquia acusa com frequência o governo dos Estados Unidos de fornecer armas aos combatentes curdos do PKK e das Unidades de Proteção Popular (YPG), que Ancara considera grupos “terroristas”.
A cidade de Kobane ganhou fama pela batalha de 2015 que permitiu às forças curdas apoiadas pela coalizão ocidental expulsar o grupo extremista Estado Islâmico (EI).