Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Desconfiança com futuro da Petrobras ‘sob nova direção’ tem afastado acionistas da petroleira, que é uma das ações mais frequentes nas carteiras do pequeno investidor
Desde o fim das eleições, a Petrobras perdeu cerca de R$ 80 bilhões em valor de mercado. A empresa tem recebido um olhar de desconfiança dos investidores desde a confirmação da eleição de Lula.
Falas do presidente eleito contestando os lucros da petroleira ou de pessoas próximas a ele, como a presidente do PT, Gleisi Hoffman, têm colocado dúvida sobre a função que a empresa assumirá a partir do próximo ano. “Não concordamos com essa política que retira da empresa sua capacidade de investimento e só enriquece acionistas. A Petrobras tem de servir ao povo brasileiro“, disse Gleisi em um tuíte, recentemente, referindo-se ao pagamento de dividendos aos acionistas da petroleira.
Desconfiado, o investidor tem cobrado cada vez mais prêmio pela empresa e, com isso, o preço da ação cai. Das 9 sessões realizadas na bolsa após o segundo turno, em cinco deles os papéis fecharam em queda. No dia 31, logo após a divulgação do resultado das urnas, as ações preferenciais da empresa caram 8,47%. De lá pra cá, esses papéis da empresa, que são os mais frequentes nas carteiras do pequeno investidor brasileiro, se desvalorizaram 19,80% até ontem.