A atividade compõe a rotina interna de despachos do atual comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em março
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, realizou, na tarde desta quinta-feira (10), uma reunião presencial e por videoconferência com integrantes do Alto Comando da instituição. A informação foi divulgada pelo Centro de Comunicação Social do Exército ao portal O TEMPO.
A pauta do encontro se baseou em dois pilares, considerados rotineiros. O primeiro foi a análise do trabalho desempenhado pelo Exército durante as eleições de 2022. Também promoveram um balanço do ano em todos os comandos militares.
Relatório das Forças Armadas sobre urnas
O Ministério da Defesa divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (10) em que reafirma que “embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022” no relatório entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quarta-feira (9).
Na nota, o Ministério da Defesa faz questão de destacar que o documento cobra esclarecimentos do TSE e aponta possíveis fragilidades do sistema das urnas. Alega, entre outras coisas, que os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação”.
Também diz que “houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação”.
Por fim, afirma que “em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento”.
Por isso, o Ministério da Defesa pede ao TSE, “com urgência”, “uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras”.