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O empresário Tallis Gomes, de 37 anos, recentemente gerou controvérsias ao fazer declarações sobre mulheres em cargos de liderança. Além disso, suas empresas têm enfrentado problemas legais relacionados à legislação trabalhista no Brasil. Vamos explorar essas questões e entender melhor o contexto das suas declarações.
Tallis ganhou notoriedade na mídia após uma publicação no Instagram, na qual expressou sua visão sobre mulheres atuando como CEO. Segundo ele, mulheres nesse cargo passam por um processo de “masculinização”. Tais declarações imediatamente geraram grande revolta, principalmente entre as líderes empresariais.
Declarações polêmicas
Em sua publicação, Tallis Gomes afirmou que mulheres no cargo de CEO, salvo raras exceções, colocam o lar e a família em segundo plano. Segundo ele, um homem que tem condições de sustentar sua mulher deve fazê-lo, valorizando o que ele chama de “energia feminina”. Essas declarações repercutiram negativamente, resultando em numerosas críticas nas redes sociais.
Como Tallis Gomes explicou suas declarações?
Questionado sobre as razões por trás de suas declarações, Tallis defendeu o que chamou de “papéis tradicionais de gênero”. Ele acredita que a presença feminina deve ser valorizada principalmente no âmbito familiar, sugerindo que a carreira de uma mulher deveria ser secundária a esses papéis. Suas palavras deixaram muitas mulheres em cargos de liderança indignadas.
Problemas legais e trabalhistas
A controvérsia sobre as visões de gênero não é a única questão enfrentada por Tallis Gomes. Em agosto, ele declarou em um podcast que não contrata “esquerdista”, associando essa ideologia à falta de trabalho duro. Essa afirmação contraria a legislação trabalhista brasileira, que proíbe discriminação no ambiente de trabalho.
As práticas de trabalho nas empresas de Tallis não param por aí. A G4 Educação, uma de suas empresas, foi denunciada por assédio moral e jornada exaustiva, segundo relatos de funcionários ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A legislação brasileira limita a jornada de trabalho a 44 horas semanais, mas Tallis admitiu que seus funcionários chegam a trabalhar 80 horas semanais.
Repercussões e reações
- Palestra cancelada: Devido à repercussão das suas declarações, uma palestra que Tallis Gomes daria no Instituto Caldeira em Porto Alegre foi cancelada. O Instituto lamentou as circunstâncias e a controvérsia gerada.
- Reações de empresárias: Líderes empresariais como Ana Beatriz Gomes e Luiza Trajano criticaram publicamente as opiniões de Tallis. Ana Beatriz afirmou que não trabalharia com um CEO que compartilha tais visões, enquanto Luiza expressou discordância em suas redes sociais.
Pedido de desculpas
Após a repercussão negativa, Tallis Gomes pediu desculpas publicamente. Ele reconheceu que suas palavras machucaram muitas mulheres e expressou estar profundamente chateado com o ocorrido. Apesar das desculpas, o estrago na sua reputação já estava feito, e a credibilidade de suas empresas ficou abalada.
Este episódio serve como um alerta sobre a importância de medir as palavras e entender as implicações de discursos que podem ser vistos como discriminatórios. No mundo empresarial, que preza por inclusão e diversidade, tais declarações podem ter consequências significativas, tanto legais quanto de imagem.