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O ex-presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo rebatendo a comparação feita por Pablo Marçal (PRTB) entre a cadeirada recebida pelo ex-coach em um debate e a facada que Bolsonaro sofreu durante a campanha eleitoral de 2018. No vídeo, o ex-presidente chamou a cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) em Marçal de “episódio lamentável”, condenando tanto a atitude do candidato tucano quanto a “provocação” de Marçal que motivou a agressão.
“Nos últimos dias, assistimos a um episódio lamentável por ocasião de um debate em São Paulo. Dois candidatos se desentenderam, um provocou o outro no limite. O provocado, não resistindo, foi para cima do outro e deu-lhe uma cadeirada. Condeno a cadeirada e condeno a provocação também, feita de forma vil. Agora, o que me deixou chocado nesse episódio é que o elemento que levou a cadeirada, que provocou, foi para as mídias sociais e comparou aquela cadeirada ao tiro do (ex-presidente americano Donald) Trump e à facada que eu levei em setembro de 2018 lá em Juiz de Fora (MG)”, diz Bolsonaro no vídeo.
Entenda a polêmica da cadeirada
Pablo Marçal, um ex-coach e candidato pelo PRTB, protagonizou um incidente com José Luiz Datena durante um debate em São Paulo. Marçal fez provocações que levaram Datena, candidato pelo PSDB, a reagir de forma violenta com uma cadeirada. A comparação feita por Marçal em redes sociais, equiparando esse incidente à facada sofrida por Bolsonaro, gerou uma resposta contundente do ex-presidente.
Contexto da facada em 2018
Jair Bolsonaro sofreu uma facada em setembro de 2018 enquanto fazia campanha para a presidência em Juiz de Fora, Minas Gerais. O ataque, realizado por Adélio Bispo, foi uma tentativa de assassinato que quase custou a vida de Bolsonaro, causando graves ferimentos em órgãos vitais e demandando um longo período de recuperação. Bolsonaro destacou, no vídeo, a diferença entre a sua situação e a de Marçal, enfatizando que não houve provocação de sua parte no incidente de 2018.
Poderia a cadeirada ter sido evitada?
O ex-presidente Bolsonaro também acrescentou que, ao contrário da cadeirada, que foi fruto de uma provocação direta, o ataque contra ele foi planejado sem qualquer provocação antecedente. “Há uma diferença muito grande entre a facada e a cadeirada. Ele viu o possível agressor (…) Eu não conhecia o Adélio Bispo, nunca tinha ouvido falar dele. Ele se aproximou de mim e deu uma facada, que seria mortal, segundo os médicos da Santa Casa de Juiz de Fora. A facada feriu vários órgãos, perfurou o intestino.”, afirmou no vídeo.
Implicações para a eleição em São Paulo
Bolsonaro classificou como “lamentável” a tentativa de Marçal de comparar os dois eventos e fez um alerta aos eleitores paulistanos sobre considerarem as atitudes do ex-coach na hora de definir seu voto nas eleições de outubro. Ele reforçou a importância de votar com discernimento, destacando a relevância de São Paulo como a capital mais importante do Brasil.
“Usar um episódio desse da cadeirada, que ele provocou, para buscar se comparar comigo com o Trump para conseguir o poder é lamentável. Nós podemos hoje em dia votar e errar. Agora, quando você já vota sabendo que vai errar, há uma diferença muito grande. São Paulo é a capital mais importante do Brasil”, declarou Bolsonaro.
Pesquisa de opinião
O vídeo foi gravado pelo ex-presidente após aliados o pressionarem a se posicionar sobre o tema e depois de pesquisas mostrarem que a cadeirada impactou negativamente a imagem de Marçal nas sondagens de intenção de voto. A resposta de Bolsonaro visa esclarecer sua posição e influenciar os eleitores com vistas às próximas eleições.
No vídeo, Jair Bolsonaro também continua a fazer uma série de críticas à condução de Marçal durante o incidente, reiterando a seriedade da facada que sofreu e pedindo discernimento aos eleitores. A mensagem deixa claro que, para ele, a comparação feita por Marçal é inapropriada e desrespeitosa.