Em Santa Quitéria, interior do Ceará, uma menina de apenas 11 anos engravidou após ser abusada pelo companheiro de sua avó. A bebê nasceu no dia 13 de setembro, e o caso está sob investigação pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).
A tragédia veio à tona quando a mãe da vítima percebeu mudanças no corpo da filha e a ausência de uso dos absorventes que comprava para ela. Um teste de gravidez confirmou a suspeita, revelando que a menina estava grávida. “Ela ficou nervosa, apavorada. Disse que não tinha feito nada, não tinha ficado com ninguém”, relatou a mãe ao g1.
O ultrassom realizado no dia 21 de agosto confirmou a gravidez de sete meses, e o médico recomendou que a polícia fosse acionada. A menina então revelou que havia sido abusada pelo companheiro da avó, um homem com quem a avó estava casada há cerca de 12 anos. “Ele viu a criança nascer, ele viu a criança crescer”, explicou a mãe da vítima.
Qual o Impacto para a Família?
A descoberta do abuso causou um grande impacto na família. A relação ficou abalada, principalmente porque a avó da menina se recusa a acreditar no abuso, chegando a chamar a neta de mentirosa. Elas estão afastadas, enquanto a vítima recebe acompanhamento psicológico do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município.
O suspeito não foi mais visto pela família desde que o caso veio à tona. A polícia não informou a idade do homem ou se ele já é considerado foragido, mas afirma que segue investigando o crime de estupro de vulnerável. As investigações estão sob a responsabilidade da Delegacia Municipal de Santa Quitéria.
A mãe da menina está tentando dar todo o suporte emocional necessário à filha. “Eu converso bastante com ela. Estou ensinando as coisas. Depois do acontecido, a gente deu muito apoio a ela para que ela não se sinta mal”, disse a mãe. A comunidade também se mobilizou para ajudar, arrecadando itens necessários para as crianças.
Relação Familiar Abalada
A relação entre os familiares ficou extremamente abalada após a revelação do abuso. A mãe da menina revelou que inicialmente não queria criar a bebê, mas mudou de ideia após conversas com psicólogos. “Entendi que a bebê não tem culpa e ela (a vítima) também não tem. Ela é uma criança, só tem 11 anos. Até então, são duas crianças”, desabafou.
Este caso horrível traz à tona a importância de estar atento aos sinais de abuso e oferecer apoio às vítimas. A mãe da menina conseguiu perceber as mudanças no corpo da filha e tomou as atitudes necessárias para revelar o crime. Esse tipo de atenção e ação pode ser crucial para proteger e apoiar crianças em situações semelhantes.
Além disso, a comunidade tem um papel fundamental ao oferecer suporte e acolhimento. A mobilização para arrecadar itens para ajudar a menina e sua filha é um exemplo de como a solidariedade pode fazer a diferença em momentos difíceis.
- Seja atento às mudanças de comportamento de crianças e adolescentes.
- Acredite nas crianças quando elas relatarem situações de abuso.
- Ofereça apoio emocional e psicológico às vítimas.
- Denuncie suspeitas de abuso às autoridades competentes.
Apoiar e proteger nossas crianças é uma responsabilidade de todos. Cada um de nós pode fazer a diferença ao manter os olhos abertos e o coração aberto para ouvir e ajudar quem precisa.