Dados mais recentes da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) apontam que em 2023 existiam 61,2 milhões de carros registrados no país. Apenas a capital paulista concentra 10,1% de toda a frota de automóveis do Brasil, ou seja, 6,2 milhões. Esse número reflete a crescente demanda por veículos na maior cidade do país.
Segundo dados da Neocharge, na capital havia uma frota de 47.863 veículos eletrificados e elegíveis para isenção até junho passado. Esse número não contabiliza os veículos emplacados em outras cidades ou estados. Esse dado demonstra o interesse crescente por soluções que reduzam o impacto ambiental.
Os híbridos leves e a polêmica da isenção de rodízio
A isenção dos híbridos leves e convencionais, sem recarga externa, é criticada por Clemente Gauer, Corporate Affairs da Tupi Mobilidade. Ele afirma que as montadoras estão lançando quase todos os modelos com algum nível de eletrificação, mas há uma peculiaridade no Brasil.
O híbrido leve e suas limitações
Gauer destaca que o híbrido-leve utiliza uma bateria, geralmente de 48V, que auxilia o motor térmico em funções como arranque ou torque, melhorando levemente o consumo. No entanto, essa bateria não é suficiente para tracionar o carro. Assim, esses veículos são considerados híbridos e se beneficiam da isenção do rodízio, apesar de ainda dependerem majoritariamente de combustíveis fósseis.
Como os veículos eletrificados contribuem para o meio ambiente?
A introdução de veículos eletrificados na frota nacional tem um papel crucial na redução das emissões de gases poluentes. Mas é importante diferenciar as tecnologias de eletrificação disponíveis no mercado.
- Veículos Híbridos: Conjunto de motor elétrico e a combustão interna, que trabalha de forma integrada.
- Veículos Híbridos Plug-in: Permitem a recarga externa da bateria, aumentando a autonomia elétrica.
- Veículos Elétricos: Funcionam exclusivamente com motor elétrico, eliminando a emissão direta de poluentes.
Quais os desafios para a expansão dos veículos eletrificados?
A adoção massiva de veículos eletrificados ainda enfrenta alguns desafios. A infraestrutura de recarga ainda precisa ser expandida significativamente para atender a demanda crescente. Além disso, é fundamental uma política clara que beneficie genuinamente os veículos que realmente reduzem a poluição.
- Expansão da infraestrutura de recarga: Ainda existem poucas estações em relação à frota elétrica crescente.
- Política de incentivos: Regras precisam ser elaboradas para realmente beneficiar veículos que diminuam as emissões.
- Adaptação do mercado: As montadoras devem continuar a desenvolver tecnologias mais eficientes e acessíveis.
O futuro dos veículos eletrificados no Brasil
A tendência aponta para um crescimento contínuo da frota de veículos eletrificados no Brasil. Com a conscientização ambiental cada vez mais presente entre os consumidores e regulações mais rigorosas, o futuro promete ser mais sustentável. Parcerias público/privadas são essenciais para desenvolver a infraestrutura necessária e garantir que as políticas de incentivo sejam efetivas.
Em resumo, embora o Brasil tenha feito progressos significativos na eletrificação de sua frota, ainda há um longo caminho pela frente. A discussão sobre a isenção dos híbridos leves é um reflexo de um cenário em evolução, em que políticas e tecnologia precisam andar de mãos dadas para um futuro mais verde e eficiente.