Tiago Vaz de Souza participou da investigação do caso
Foto: TJRJ/Brunno Dantas
O policial civil Tiago Vaz de Souza, testemunha no julgamento do assassinato do pastor Anderson do Carmo, afirmou em depoimento nesta terça-feira (8), que a família da ex-deputada Flordelis era “rachada em facções”. O agente disse ainda que Flordelis nunca relatou ter sido alvo de agressão ou abuso sexual durante os depoimentos do caso.
– Era uma família rachada, que tinha privilégios para um grupo. Uma família rachada em facções. Uma facção ajudou no planejamento da morte e outra facção denunciou a existência desse conluio – afirmou o policial.
Vaz participou da equipe do delegado Allan Duarte. Os policiais concluíram a investigação do assassinato de Anderson do Carmo na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.
O policial afirmou que os filhos de Flordelis, entre biológicos, adotivos e afetivos, eram divididos em grupos. Os que tinham privilégios eram conhecidos como a “primeira geração”. De acordo com o policial, a divisão entre os membros da família foi um dos motivos para o “racha” entre os filhos.
– Só um grupo era privilegiado, o que ficou conhecido como a “primeira geração” – que acompanhavam desde o início Anderson e Flordelis.
ABUSOS FÍSICOS E SEXUAIS
A advogada Janira Rocha, que defende a ex-deputada Flordelis, afirmou que os depoimentos das testemunhas devem confirmar a versão de que a pastora e suas filhas foram vítimas de abuso sexual e físico por parte de Anderson.
– Mulheres famosas, poderosas e ricas que sofreram abusos sexuais só muito tempo depois vieram a público dizer isso. A Flordelis não é uma exceção, as mulheres abusadas têm dificuldades, que são comprovadas, de poder expressar esse abuso – disse.
A defesa da ex-deputada afirmou ainda que Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, foi a única responsável pela morte do pastor.
*AE