Preso no escândalo do Mensalão, o ex-deputado disse que os petistas vão governar por meio dos ‘conflitos democráticos’
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O ex-deputado José Genoino (PT), condenado e preso no escândalo do Mensalão, revelou o plano do Partido dos Trabalhadores para “confrontar” as igrejas evangélicas. Em entrevista ao canal DCM TV, no sábado 5, o ex-parlamentar disse que o objetivo dos petistas é agir de modo que as igrejas não possam acusá-los de perseguição.
“Temos de tratar institucionalmente esse problema”, afirmou Genoino. “É preciso muita habilidade, para que não coloquem que estamos perseguindo as igrejas. Isso não pode começar pelas igrejas. Tem de começar, por exemplo, pelo sistema tributário. Não são apenas as igrejas que não pagam impostos, os meios de comunicação também.”
O petista alerta para a necessidade de o partido promover uma reforma agrária “no ar”, para depois fazê-la “na terra”. “Teremos de colocar isso em um conjunto mais amplo, porque vão dizer que estamos perseguindo as igrejas”, observou. “E virará uma guerra santa. Temos de ter cuidado.”
Sem citar nomes, Genoino afirma que o objetivo do PT é criar uma “massa crítica” para combater as “figuras toscas” do movimento que ele qualifica como “fundamentalista”. “Teremos de fazer primeiramente uma batalha no campo das ideias, para depois chegar nos finalmentes”, argumentou. “Temos de ter cuidado, para não sermos vítimas de maniqueísmo.”
O petista disse que o PT não governará por meio de “conciliação”, mas, sim, através de “conflitos democráticos”. “Não podemos ter medo dos conflitos democráticos, do debate político”, afirmou. “Não é guerra. Iremos tratá-los como adversários, não como inimigos.”