Foto: Reprodução/WhatsApp.
Banhistas encontraram, no sábado (5), uma “caixa misteriosa” na areia da Praia de Maria Farinha, em Paulista, no Grande Recife. O material é semelhante ao que aparece em diversas praias da região Nordeste desde 2018.
De acordo com pesquisadores, se trata de fardos de borracha de navios nazistas naufragados na 2ª Guerra Mundial.
A caixa foi encontrada nas imediações da Marina Morena. O enfermeiro Fernando Inácio de Jesus viu o material por volta das 13h, quando estava com a família na praia. Ele disse que havia pequenos crustáceos agarrados ao fardo, o que indica que o material estava há muito tempo no mar.
“Ela era muito pesada. Tentei tirar do mar com outra pessoa que estava na praia, mas não consegui. Peguei uma faca e tentei cortar. É um material emborrachado, parece um tipo de couro. Quando a onda vinha, ela boiava, e, com isso, conseguimos rolar ela um pouco mais para a areia”, afirmou o enfermeiro.
A prefeitura informou, neste domingo (6), que foi acionada e, por volta das 11h50, retirou o material, por meio de uma equipe da Secretaria de Obras e Serviços Públicos e da Limpeza Urbana.
A caixa, de acordo com a gestão, foi encaminhada para análise técnica do conteúdo por equipes da Secretaria de Meio Ambiente. Depois disso, deve ser encaminhada a aterro sanitário ou a aterro industrial.
Hipóteses
Estudos revelaram que as “caixas misteriosas” que apareceram em praias são provenientes de navios nazistas naufragados na década de 1940, durante a 2ª Guerra Mundial.
Um primeiro estudo, feito pelaUniversidade Federal do Ceará (UFC), apontou que as caixas vinham do navio SS Rio Grande, que utilizava nome brasileiro para se disfarçar dos inimigos de guerra e era carregado com esses fardos de borracha. Ele foi afundado por forças aéreas dos Estados Unidos.
Outro estudo da UFC, feito em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), descobriu que outras caixas tinham origem diferente, proveniente do navio MV Weserland. Ele foi naufragado pelo destróier USS Sommers, da Marinha americana, em janeiro de 1944, poucos dias após o navio SS Rio Grande ter tido o mesmo destino: o fundo do Oceano Atlântico.
Créditos: G1.