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A prefeitura de Roma, capital da Itália, está considerando implementar restrições no acesso de turistas à icônica Fontana di Trevi. Com o intuito de minimizar o turismo excessivo que tem sobrecarregado a cidade, as medidas em avaliação incluem a cobrança de uma taxa e a exigência de agendamentos com horários fixos e número limitado de visitantes.
De acordo com Alessandro Onorato, conselheiro de turismo de Roma, os residentes da cidade teriam acesso gratuito à fonte, enquanto os turistas seriam solicitados a pagar uma contribuição simbólica de um ou dois euros. A decisão é parte de um esforço mais amplo para gerenciar o fluxo de visitantes em antecipação ao Jubileu de 2025, um evento católico que promete atrair 32 milhões de pessoas.
Restrição de acesso de turistas
A situação na Fontana di Trevi está se tornando cada vez mais complexa de se administrar. Durante a apresentação das medidas na última quarta-feira (4), o prefeito Roberto Gualtieri destacou a possibilidade concreta de limitar o acesso como uma maneira de preservar o monumento e melhorar a experiência dos visitantes.
Outras cidades europeias já enfrentam desafios semelhantes. Barcelona e Veneza, por exemplo, implementaram esquemas de cobrança de entrada para regular o fluxo de turistas e preservar suas atrações históricas. As autoridades de Roma estão de olho nesses exemplos ao planejar suas próprias estratégias.
Como as novas medidas podem impactar o turismo na Itália?
Com o Jubileu de 2025 no horizonte, a expectativa é que Roma receba uma enorme afluência de visitantes de todo o mundo. A implementação das novas medidas pode não apenas ajudar na preservação do patrimônio cultural, mas também garantir uma experiência mais ordenada e agradável para os turistas.
Roma é uma cidade repleta de história, com monumentos que datam de milênios. A Fontana di Trevi, concluída em 1762, é um exemplo marcante da arquitetura barroca tardia. A famosa tradição de jogar moedas na fonte atrai milhões de turistas, todos desejosos de garantir seu retorno à Cidade Eterna.
Outras atrações em Roma podem ser impactadas
A Fontana di Trevi não é a única atração em Roma que enfrenta problemas de superlotação. Outras áreas turísticas densamente visitadas incluem o Coliseu, o Panteão e o Vaticano. As medidas propostas para a Fontana di Trevi podem servir de modelo para futuras iniciativas de controle de fluxo em locais semelhantes.
Seguir um sistema de agendamento pode não apenas ajudar a controlar a quantidade de turistas, mas também permitir uma melhor preservação desses locais históricos. No entanto, a implementação de tais medidas requer planejamento cuidadoso e comunicação eficaz para que tanto os moradores quanto os turistas possam se adaptar sem grandes transtornos.
Reações e expectativas
A proposta tem gerado diversas reações entre os romanos e turistas potenciais. Enquanto alguns residentes aprovam a ideia de um acesso mais exclusivo e menos tumultuado à Fontana di Trevi, muitos turistas expressam preocupações sobre o custo adicional e o impacto na acessibilidade.
Alessandro Onorato enfatizou que a contribuição simbólica seria mínima e destinada à manutenção e preservação do monumento. “Para os romanos, estamos pensando em torná-la gratuita, enquanto os não residentes seriam solicitados a fazer uma contribuição simbólica, de um ou dois euros”, afirmou ao jornal Il Messaggero.
A importância da Fontana di Trevi
Além de ser um marco histórico de Roma, a Fontana di Trevi tem um significado cultural profundo. A fonte é famosa, por exemplo, pela icônica cena do filme “La Dolce Vita”, de Federico Fellini, onde Anita Ekberg convida Marcello Mastroianni para se juntar a ela na fonte. A obra-prima do barroco tardio, com suas estátuas de tritões e a carruagem de conchas do deus Oceano, continua a ser uma inspiração para visitantes do mundo todo.
- Atrativo turístico central para Roma
- Importância histórica e cultural
- Marca registrada de cenas icônicas de cinema
Em um ambiente onde o turismo excessivo é cada vez mais uma preocupação, a capital italiana busca equilibrar o fluxo de visitantes com a preservação de suas preciosas relíquias. A Fontana di Trevi continuará a ser um símbolo de Roma, adaptando-se às novas realidades do turismo global.