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No sábado, 7 de setembro de 2024, a Avenida Paulista em São Paulo será o epicentro de um protesto liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia. O evento tem como objetivo pressionar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal), além de fortalecer a base oposicionista contra o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
A manifestação está marcada para começar às 14h, com a participação de trios elétricos posicionados na intersecção da Avenida Paulista com a Rua Peixoto Gomide, nas imediações do MASP. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro dará início ao ato com uma breve declaração, e o discurso de encerramento ficará a cargo de Bolsonaro.
O papel de Bolsonaro na manifestação
Em um vídeo de convocação, Bolsonaro enfatizou a necessidade de anistia para os presos dos eventos de 8 de janeiro, sem mencionar diretamente o nome de Alexandre de Moraes. Essa omissão é interessante, considerando que a principal demanda do protesto é o impeachment do ministro. Além da sua inelegibilidade até 2030 determinada pelo TSE, Bolsonaro enfrenta investigações sobre venda de joias no exterior e falsificação de certificados de vacina contra a COVID-19.
Figuras principais no ato
O governo de São Paulo, representado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) estão confirmados para o evento. Outra presença aguardada é a de Pablo Marçal (PRTB), embora sua presença ainda não tenha sido confirmada oficialmente até a noite de sexta-feira.
- Tarcísio de Freitas: governador de São Paulo.
- Ricardo Nunes: prefeito de São Paulo, almejando reeleição.
- Pablo Marçal: potencialíssimo nome na disputa da ala bolsonarista.
Impeachment de Alexandre de Moraes é viável?
A possibilidade de o Congresso pautar o impeachment de Alexandre de Moraes é praticamente nula, conforme fontes do Poder360. Mesmo assim, a pressão da ala conservadora aumentou após a divulgação de mensagens que sugerem o uso extraoficial do TSE por Moraes para investigações contra apoiadores de Bolsonaro.
Outras demandas da oposiçao
Além do impeachment de Alexandre de Moraes, a oposição também pela criação de uma CPI do “abuso de autoridade” na Câmara dos Deputados. As demandas da oposição incluem:
- Arquivamento dos inquéritos iniciados há mais de cinco anos.
- Retomada da liberdade de expressão e de imprensa.
- Anistia aos perseguidos políticos.
- Instalação da CPI do abuso de autoridade.
Na sexta-feira, 6 de setembro, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, deputada Carol de Toni (PL-SC), pautou para próxima terça-feira, 10 de setembro, a análise do PL 2.858 de 2022. O projeto de lei busca anistiar os presos pelas invasões às sedes dos Três Poderes em 2023 e todos que participaram de manifestações desde 30 de outubro de 2022, data em que Lula venceu Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Expectativas de público
Aliados de Bolsonaro esperam uma adesão maciça no ato, similar à manifestação de fevereiro de 2024, que reuniu entre 300 mil e 350 mil pessoas na Avenida Paulista. A expectativa é de que o protesto deste sábado una ainda mais a base conservadora e demonstre uma forte oposição ao governo atual.
Este evento promete ser uma demonstração significativa da oposição brasileira, evidenciando a constante polarização política do país. Com reivindicações claras e a presença de figuras influentes, o protesto dos seguidores de Bolsonaro e Malafaia tem tudo para ser um marco na atual conjuntura política.