Na tarde desta segunda-feira (2), a Justiça Eleitoral determinou a remoção imediata de postagens da campanha do candidato Guilherme Boulos (PSOL) para a Prefeitura de São Paulo. As postagens, que continham trechos do debate transmitido pela TV Gazeta no domingo (1º), apresentavam Boulos chamando o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) de “ladrãozinho de creche”.
O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral, considerou a expressão usada por Boulos como “pejorativa e manifestamente injuriosa”. Em cumprimento à ordem judicial, os vídeos foram excluídos das plataformas YouTube, Instagram, Facebook e TikTok às 19h40 de segunda-feira.
O debate, realizado no Auditório Gazeta, na Avenida Paulista, contou com a presença dos cinco principais candidatos nas pesquisas: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB). Sob a mediação da jornalista Denise Campos de Toledo, o evento foi marcado por momentos de tensão e trocas de ofensas entre os candidatos.
Qual foi a reação dos candidatos durante o debate?
Durante o debate, as trocas de ofensas e apelidos entre os candidatos foram frequentes. Ricardo Nunes chamou Pablo Marçal de “Pablito”, e Marçal revidou com “bananinha”. Nunes também se referiu a Boulos como “invasor”, enquanto Marçal o apelidou de “Boules”. Tabata Amaral foi chamada de “Chatábata” por Marçal, que também chamou Datena de “fujão” e “ditador”.
A Mediação Tentou Conter o Clima de Hostilidade
A intensificação das ofensas e a utilização de apelidos levou a mediadora a pedir que os candidatos se referissem uns aos outros apenas pelos nomes, a fim de evitar um excesso de pedidos de resposta. Ao todo, foram registrados 21 pedidos de resposta, dos quais oito foram aceitos. A tentativa de controle da mediadora, no entanto, não impediu que Boulos voltasse a usar o termo “ladrãozinho de creche” ao se dirigir a Nunes.
Essa troca de farpas gerou uma intervenção judicial, destacando a necessidade de um ambiente mais respeitoso e civilizado nos debates eleitorais. Os candidatos precisam lidar com discordâncias políticas de maneira mais madura e ética, promovendo um ambiente de debate construtivo.
Motivações por trás das ofensas
A motivação por trás das ofensas e apelidos pode ser encontrada na tentativa de desestabilizar emocionalmente os adversários e capturar a atenção dos eleitores, especialmente em um cenário político tão disputado como o de São Paulo. As ofensas públicas, apesar de reprováveis, são frequentemente utilizadas como estratégia para se destacar e ganhar visibilidade.
Além da remoção dos vídeos por ordem judicial, os candidatos que utilizam ofensas podem enfrentar outras consequências legais, incluindo multas e sanções. É fundamental que os candidatos e suas campanhas respeitem as normas eleitorais e promovam um debate saudável e informativo para o eleitorado.