O gasto com benefícios previdenciários, pagos pelo INSS, vai crescer 9% em 2025 e ultrapassar a marca de R$ 1 trilhão, segundo a proposta orçamentária do ano que vem, detalhada pelo governo nesta segunda-feira.
A estimativa é que a despesa com as aposentadorias e pensões alcance R$ 1,007 trilhão em 2025, contra R$ 923,1 bilhões este ano. Essa é a despesa obrigatória com o maior aumento no orçamento de 2025. Pessoal e encargos, o segundo maior, terá metade do incremento da Previdência, de R$ 39,3 bilhões.
No total, as despesas do governo somam R$ 2,3 trilhões em 2025. Vamos entender mais sobre o impacto desse aumento no orçamento do próximo ano.
Por que os Benefícios Previdenciários Estão Crescendo Tanto?
O crescimento dos benefícios previdenciários tem preocupado o governo. Esses benefícios vêm crescendo em velocidade maior que a esperada. No orçamento de 2024, o pagamento previsto com aposentadorias e pensões já aumentou R$ 14,4 bilhões desde o início do ano.
Essa pressão, junto com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), explica grande parte do bloqueio de R$ 11,2 bilhões no orçamento, que dificilmente serão revertidos até o fim deste ano. O aumento se deve principalmente ao envelhecimento da população e à maior demanda por benefícios.
Quais São as Outras Despesas Obrigatórias?
Além dos benefícios previdenciários, outras despesas obrigatórias também consomem grande parte do orçamento. Excluindo os precatórios, essas despesas somam R$ 132,2 bilhões de uma brecha de R$ 143,9 bilhões. Vamos ver quais são as principais:
- Benefício de Prestação Continuada (BPC): Uma ajuda financeira para pessoas idosas e deficientes de baixa renda.
- Pessoal e encargos: Salários e benefícios para servidores públicos federais.
- Despesas discricionárias: Gastos livres do governo, como emissão de passaportes e pagamento de auxílios não obrigatórios.
Essa combinação de despesas obrigatórias deixa pouca margem para gastos discricionários, que são vitais para diversas operações governamentais.
Como o Governo Pretende Reduzir os Custos?
Para tentar controlar esses gastos, a equipe econômica está promovendo um pente-fino nos programas do governo. Neste ano, a expectativa é poupar R$ 9 bilhões com benefícios pagos pelo INSS, por meio de medidas para aumentar a eficiência e combater fraudes.
No ano que vem, a previsão é de economizar R$ 16,9 bilhões com o BPC e benefícios previdenciários. O secretário do Orçamento substituto, Clayton Montes, destacou a importância da revisão de gastos para reverter o quadro.
O que o governo planeja para melhorar a eficiência? Vamos ver alguns pontos chaves das medidas preventivas:
- Revisão de benefícios: Análise detalhada e constante dos benefícios para identificar possíveis fraudes.
- Aprimoramento de sistemas: Implantação de sistemas mais modernos e integrados para melhorar a gestão e fiscalização.
- Campanhas educativas: Informar e orientar a população sobre seus direitos e deveres.
O Que Podemos Esperar para o Futuro?
O orçamento é a arte de distribuir recursos escassos com receitas existentes. Nosso intuito com a revisão de gastos é tentar reverter essa questão — afirmou o secretário Montes. A previsão é que a despesa com aposentadorias e pensões continue a crescer, demandando ajustes contínuos.
Além disso, é fundamental que o governo melhore a eficiência dos gastos e continue a combater fraudes para garantir que os recursos públicos sejam utilizados da melhor forma possível.
Manter o equilíbrio fiscal e atender às necessidades da população são desafios constantes para a administração pública. Vamos acompanhar de perto como as medidas adotadas pelo governo vão impactar o cenário econômico nos próximos anos.