O nome do professor de Jornalismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Daniel Dantas Lemos, sempre é associado a polêmicas. Acusado de assédio por alunas, Daniel foi eleito coordenador do curso com apenas 12 votos de estudantes.
Para se ter ideia, turmas de Jornalismo são compostas, no mínimo com 40 discentes por turno, ou seja, a chapa do novo coordenador conseguiu 30% de uma entre as várias da instituição.
A chapa de Daniel, “Integração e Cooperação”, formada por ele e pela professora Valquíria Kneipp, recebeu 17 votos, sendo 12 de alunos e 5 de professores. Outros 12 votos foram computados, mas entre nulos e brancos.
ACUSAÇÕES DE ASSÉDIO
Em 2021, alunas e ex-alunas da UFRN denunciaram assédios e relataram situações constrangedoras vivenciadas com Daniel Dantas Lemos. Em janeiro, o docente recebeu uma advertência administrativa como resultado de uma sindicância instaurada pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFRN (CCHLA), que apurou o episódio em que o docente baixou as calças em frente a um grupo de alunas no Laboratório de Comunicação (Labcom), em junho de 2019.
Na ocasião, o Departamento de Comunicação Social (Decom) da instituição afirmou que repudiava as atitudes do professor e disse que ele continuaria, na época, como vice-coordenador do curso de Jornalismo. O Departamento relatou não ter autonomia para desfazer a chapa da coordenação e retirar o professor do cargo.
Uma coordenadora do curso de Jornalismo na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde Daniel também deu aulas, denunciou que o docente também praticava atos de assédio no campus cearense.
Depois da polêmica, Dantas Lemos pediu afastamento da UFRN. De acordo com a coordenação do curso, o docente havia se afastado por tempo indeterminado através de licença médica e retornou seis meses depois.
ALUNO SEM MÁSCARA
Em abril deste ano, mais uma confusão envolvendo Daniel Lemos foi registrada. O professor expulsou um aluno, identificado como Marcelo Nascimento, por se recusar usar máscara em sala de aula.
Na época, uma portaria colocava como obrigatório o uso de máscaras dentro do campus da instituição e Daniel chegou a discutir com o homem em sala de aula.
Em contato com o Portal 96, na época, a UFRN afirmou que o Supremo Tribunal Federal reconheceu que as universidades federais têm autonomia para decidir sobre medidas a serem adotadas para as atividades presenciais.
96 FM