foto: reprodução
Na tarde desta quinta-feira (29/8), um trabalhador que atua como gari foi vítima de agressão dentro de um vagão do metrô do Distrito Federal. De acordo com o trabalhador, a confusão começou devido a um preconceito por parte de uma passageira que se recusou a sentar ao lado dele. “Não é porque a gente é gari que a gente é sujo”, afirmou o homem, que preferiu não ser identificado.
Segundo relatos, a mulher adentrou o vagão e pediu que os ocupantes do banco, onde o gari e uma amiga estavam sentados, se levantassem para que ela pudesse se acomodar. A amiga do gari se levantou imediatamente, no entanto, a mulher se recusou a sentar ao lado dele. Mesmo assim, os dois escolheram desocupar o espaço e se sentaram no chão.
⬇️ “Não é porque a gente é gari que é sujo”, diz homem agredido no metrô
— Metrópoles (@Metropoles) August 30, 2024
Gari alega que mulher começou a confusão ao brigar por assento durante viagem em metrô no Distrito Federal
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O Que Realmente Aconteceu?
O gari contou que, ao se levantar, a mulher começou a acusá-lo de chamá-la de “vagabunda”. “Todos no vagão viram que eu não disse isso. Mesmo assim, ela me deu um chute e um tapa na cara”, relatou. Para o trabalhador, ficou claro que a atitude da mulher foi motivada por preconceito, pois ambos – ele e sua colega – são varredores de rua.
A agressão foi flagrada por outros passageiros que se encontravam no trem que seguia em direção a Ceilândia. A confusão começou quando a mulher entrou na estação Guará e desembarcou na estação Arniqueiras. Um vídeo obtido pelo portal Metrópoles registra o momento em que a mulher agride o gari fisicamente.
Vídeo Mostra a Agressão no Metrô
O vídeo mostra a mulher em pé e o gari sentado, discutindo. Em seguida, ela desferiu um chute e um soco no rosto do trabalhador, enquanto a colega dele tentava intervir para evitar novos ataques. Outros passageiros sacaram seus celulares para gravar toda a cena.
No vídeo, é possível ver que o bate-boca continua e a colega do jovem agredido se coloca entre eles para tentar minimizar a situação. Cerca de dois minutos depois, a agressora desce do vagão, e a situação finalmente se aquieta.
Investigação Policial do Caso
A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) foi informada sobre o incidente e deverá conduzir as investigações para apurar as motivações e circunstâncias do ataque. Até o momento, a identidade da mulher agressora não foi divulgada, e a polícia está em processo de coleta de depoimentos e vídeos que possam esclarecer os fatos.
Casos como esse, infelizmente, são um reflexo do preconceito persistente em nossa sociedade. O trabalho de um gari é fundamental para a manutenção da limpeza urbana, e todos os trabalhadores merecem respeito e dignidade, independentemente de sua profissão.
Como Podemos Combater o Preconceito?
Combater o preconceito exige um esforço coletivo. Ações como denunciar comportamentos discriminatórios, educar a população sobre a importância de todas as profissões e promover campanhas de conscientização são passos essenciais para uma sociedade mais justa.
- Denunciar: É importante que todas as testemunhas de atos preconceituosos denunciem às autoridades competentes.
- Educação: Instituições de ensino devem incluir temas sobre diversidade e respeito em suas grades curriculares.
- Conscientização: Organizações podem realizar campanhas para sensibilizar a população sobre a dignidade de todas as profissões.
O respeito ao próximo é fundamental para a convivência em sociedade, e atos de preconceito como este não devem ser tolerados. A comunidade deve se unir para garantir um ambiente justo e igualitário para todos.