No mundo contemporâneo, frequentemente nos preocupamos com a quantidade de radiação a que estamos expostos e como ela pode afetar a saúde. Há elementos que, apesar de serem práticos e facilitarem o dia a dia, são alvo de boatos sobre o seu impacto no organismo. É o caso do micro-ondas; muita gente acredita, por exemplo, que o eletrodoméstico causa câncer. Descubra o que a ciência diz sobre isso.
Adianto, de antemão, que ainda não há, na leitura científica, um estudo concreto a respeito. Alguns pontos, no entanto, podem ser considerados — mas, antecipo: dá, sim, para usar o equipamento em paz.
O micro-ondas trabalha com radiofrequência. É a mesma radiação presente no celular e nas portas giratórias de bancos ou shoppings. Para que um comprimento de onda magnética tenha potencial para gerar câncer, ela precisa, primeiramente, ser capaz de atravessar as paredes das células da pele para que, assim, encontre o DNA celular e induza a mutações genéticas ou danos do tipo.
É necessário frisar que o fator que determina se a onda magnética terá ou não esse poder é o tamanho da onda. Aquelas que têm um comprimento extremamente pequeno são as mais perigosas para induzir a formação da doença, caso de ondas ultravioletas, raio-X e raios-gama. Essas, sim, possuem comprimentos de ondas que podem causar a doença.
As do forno-microondas, por sua vez, não têm essa mesma capacidade. Além disso, esse equipamento é construído por meio de técnicas que impedem o vazamento de radiação.
Um fator que pode estar associado ao câncer, enquanto ao uso do eletrodoméstico, seria o aquecimento de alguns recipientes dentro da máquina, aí já é outra conversa.
Cientificamente, já foi constatado que diversos plásticos liberam hormônios específicos quando aquecidos. No micro-ondas, esse problema pode ser ainda maior, por esse calor ser mais concentrado.
Se você se preocupa com a saúde, evite esquentar mamadeiras, vasilhas de plásticos e compartimentos do tipo.
Mesmo os plásticos com o selo de isenção do Bisfenol- A – um componente tóxico – não oferecem segurança, já que existem outros elementos que podem liberar hormônios posteriormente transferidos ao alimento.
A mesma atenção precisa ser dada aos recipientes de comidas congeladas e processadas, que oferecem risco. Migre o produto para pratos e utensílios de vidro para, só então, aquecê-los.
Por fim, vale destacar que o micro-ondas tem um prejuízo em relação a outras formas de cocção: ele faz com que o alimento perca nutrientes, uma vez que o processo de aquecimento é rápido. No mais, respeite sempre a forma e os recipientes corretos de utilização.
Créditos: Metrópoles.